Rose Modesto destaca qualificação e acessibilidade na aplicação do Enem
A Comissão Externa destinada a acompanhar os trabalhos do Ministério da Educação (MEC) se reuniu nessa quarta-feira (04) para debater o relatório final. A deputada Rose Modesto (MS), que é sub-relatora, esteve presente e ressaltou a importância da transparência e qualificação dos aplicadores das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A parlamentar cita que a maior preocupação da comissão era entender um pouco sobre os problemas do Enem. Foi realizada uma pesquisa entre 1998 e 2018 para que fosse possível saber e entender quais os gargalos que o Enem enfrenta e, diante disso, o colegiado conseguiu avançar no seu trabalho.
Rose destaca que um dos maiores desafios enfrentados foi em relação à transparência da equipe que organiza o exame. “Nós avançamos de certa forma com esse atual modelo, com algumas facilidades para candidatos com deficiência e que acabaram requerendo recursos de acessibilidade. Mas quando a gente fala, por exemplo, da pessoa com a deficiência visual, nós não conseguimos avançar”, explica.
No Enem de 2019, cerca de 50 mil pessoas com deficiência realizaram a prova, mas para o deficiente visual esse acesso ainda não é ideal. A deputada afirma que essa observação já foi levada como uma das recomendações para o exame de 2020. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) ainda não estruturou o núcleo de acessibilidade que visa elaborar as diretrizes pedagógicas e a implementação de acessibilidade nos instrumentos da prova.
Segundo a deputada, há uma grande preocupação para o ano de 2020, pois 15 capitais do Brasil realizarão as provas com o novo modelo, o Enem Digital. A recomendação do grupo de trabalho é que haja preparação, qualificação e capacitação dos profissionais que irão trabalhar com os alunos do ensino médio. “Vemos que as pessoas chamadas para trabalhar são convocadas pouquíssimos dias antes da realização do Enem, não tem tempo hábil para serem realmente qualificadas”, ressalta.
Instalada em agosto, a comissão externa acompanhou o desenvolvimento dos trabalhos do Ministério da Educação, bem como da apresentação do seu planejamento estratégico. O relatório volta à pauta do colegiado na próxima terça-feira (10).
(Reportagem: Letícia Christie/ Foto: Alexssandro Loyola)
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