Pedro afirma que desempenho do Brasil no Pisa revela tragédia educacional


O presidente da Comissão da Educação na Câmara Federal, deputado Pedro Cunha Lima (PB), afirmou que o Brasil vive uma tragédia educacional ao comentar os dados divulgados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) que atestam que o desempenho dos estudantes brasileiros estagnado desde 2009. O País aparece entre as 20 piores colocações no ranking das três áreas acompanhadas pelo exame: matemática, ciências e leitura.

“O resultado do Pisa revela tragédia educacional que o Brasil vive que tem como consequência esse drama social, essa incapacidade de se distribuir oportunidades é estarrecedor estarmos diante de uma década de estagnação na educação”, disse o parlamentar.

Em relação a matemática, mais de dois terços dos estudantes brasileiros de 15 anos têm um nível de aprendizado mais baixo do que é considerado básico. O País encontra-se entre os últimos 10 colocados na prova de matemática. Em leitura, o Brasil conseguiu manter sua posição de 2015, mas ainda está atrás de mais de 50 países e regiões econômicas. Já em ciência, encontra-se em colocação abaixo de 65 participantes.

O deputado explica que mesmo com os baixos índices, não existe uma movimentação no sentido de priorizar a educação: “Não se vê uma reação, prioridade política, governos que elegem a educação como prioridade e traçam roteiro com base nas evidências, com base naquilo que funciona. Precisamos de estratégia para termos uma melhor formação, valorização e atratividade maior da carreira do professor para ter depois na frente uma cobrança do resultado do educador”, concluiu.

O Pisa é uma avaliação mundial feita em dezenas de países, com provas de leitura, matemática e ciência, além de educação financeira e um questionário com estudantes, professores, diretores e escolas e pais. O resultado é divulgado a cada três anos e esta edição divulgada esta terça-feira (3) foi aplicada em 2018 com uma amostra de 600 mil estudantes de 15 anos de 80 países diferentes. No Brasil, 10.691 alunos de 638 escolas fizeram a prova em 2018. São 2.036.861 de estudantes, o que representa 65% da população brasileira que tinha 15 anos na data do exame.

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4 dezembro, 2019 Noticia3, Últimas notícias Sem commentários »

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