CPI do BNDES conclui trabalhos com aprovação do relatório final

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES concluiu a votação do relatório final do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ). O texto aprovado nesta terça-feira (22) incrimina os grupos empresariais Odebrecht e seus responsáveis, Emílio e Marcelo Odebrecht; e J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. Além disso, pede o indiciamento de ex-ministros, ex-presidentes do BNDES, servidores públicos e funcionários do banco.

O deputado Vanderlei Macris (SP), presidente da CPI, afirmou que as provas recolhidas durante o trabalho realizado pelos membros serão encaminhadas para o Ministério Público. O relatório, aprovado por 19 votos a 10, retirou o nome dos ex-presidentes Lula e Dilma, e de outros nomes indicados para indiciamento.

Macris afirma que irá propor, em conjunto com outros membros da comissão, um projeto de resolução para que seja alterado o regimento interno, por conta do recorrente esvaziamento das CPIs. “Farei isto, para que a sociedade não veja que todos os esforços feitos aqui fossem tornados sem efeitos, apesar de ter me dedicado intensamente para que nós nos debruçássemos, como fizemos sobre os atos ilícitos e irregularidades praticados nas gestões petistas do BNDES” ressalta. Macris foi um dos parlamentares que defenderam a reinclusão dos nomes de Lula e Dilma no relatório para evitar o esvaziamento das investigações.

Em três anos, esta é a terceira CPI instalada para investigar práticas ilícitas no âmbito do banco nacional. Foram realizadas outras nos anos de 2016, pela Câmara dos Deputados, e em 2018, pelo Senado Federal.

A #CPIdoBNDES aprovou o relatório final após 6 meses de investigação, com o pedido de indiciamento de mais de 50 pessoas. Os nomes de Lula e Dilma ficaram de fora do texto, mas @vanderleimacris afirmou que vai levar ao Ministério Público todos os indícios de atividades suspeitas. pic.twitter.com/oYJ5NItCZi

— PSDB na Câmara (@PSDBnaCamara) October 23, 2019