Deputadas debatem políticas públicas para proteger mulheres da violência doméstica


A pedido da deputada Rose Modesto (MS), a Comissão Externa destinada a acompanhar casos de violência doméstica contra a mulher e feminicídio realizou audiência pública nesta terça-feira (8) e teve como pauta políticas públicas. As deputadas Bia Cavassa (MS), Edna Henrique (PB) e Tereza Nelma (AL) também estiveram presentes na reunião.

A Secretária Especial de Cidadania do Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, apresentou modelos de atendimento às vítimas de violência que são realizados no estado e garantiram o atendimento de quase 82 mil mulheres. A região realiza campanhas como o protagonismo das mulheres sul-mato-grossenses, onde se discutem direitos, participação e poder, no mês de março; semana estadual de combate ao feminicídio, realizado no mês de junho em alusão ao primeiro feminicídio registrado no estado, em 2015; agosto lilás, em alusão à Lei Maria da Penha; 16 dias de ativismo, realizado entre os dias 25 de novembro a 10 de dezembro, com ações de mobilização e debates sobre a violência.

Rose Modesto lembra que a cada duas horas uma mulher é vítima de feminicídio. Segundo ela, o Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a inaugurar a Casa da Mulher Brasileira, onde são feitos trabalhos de integração.

Representando a Bahia, a Major da Polícia Militar e psicóloga Denice Santiago cita a Operação Ronda Maria da Penha, que atua no estado desde 2015. O programa tem como marco fundador a integração da rede, onde são realizadas palestras e oficinas, articulações institucionais com o objetivo de apresentar os serviços ofertados pela ronda, atendimentos contínuos com as vítimas. A major cita ainda o Jogo do Espelho, criado por ela, em que a mulher vítima de violência faz o espelhamento com os seus relacionamentos abusivos.

A deputada Edna Henrique ressalta que essa iniciativa soma e irá fortalecer os vínculos, para que a luta não seja só de um estado, mas de todo o país. “Estamos unidas e fortalecidas, porque antes de tudo não é preciso só quantidade, mas sim qualidade e de mulheres que assumam com muita força e alma essa briga” afirma a parlamentar.

Estiverem presentes também o Coordenador Geral de Assuntos Judiciários do Departamento de Promoção de Políticas de Justiça do Ministério da Justiça, Renato Capanema; representante do Ministério da Justiça, Oliene Isabel Correia.

(Reportagem: Letícia Christie/ Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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9 outubro, 2019 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

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