Tereza Nelma alerta para agilidade no diagnóstico e tratamento do câncer


Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família sobre a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, a deputada Tereza Nelma (AL) afirmou que é preciso falar mais sobre a doença e as ações necessárias para ampliar as chances de cura. A cada ano, no Brasil, são registrados cerca de 600 mil novos casos de câncer.

Tereza, que já teve câncer por três vezes, comenta que o impacto do diagnóstico é como ter ‘uma sentença de morte’. “Minha missão é mostrar que é possível dar a volta por cima quando detectado no início, mas para isso é preciso o respaldo do poder público e dar oportunidade de viver, porque queremos continuar vivendo”, declarou.

A parlamentar enfatiza que representantes do povo precisam dar respostas para a sociedade, mas principalmente fazer valer e dar andamento aos projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional. “A situação da saúde é precária e beira o caos, os brasileiros estão morrendo sem sequer terem a oportunidade de receber o atendimento e lutarem por suas vidas”, alertou.

A tucana informa que em casos de diagnóstico de neoplasia maligna, são necessários exames que devem ser realizados no prazo máximo de 30 dias na rede pública. No entanto, impressiona a informação de que exames de imagem levem de 3 a 5 meses para marcar. “A espera indeterminada pelo início do tratamento pode fazer com que a doença evolua, sem qualquer medida efetiva contra ela possa ser tomada, sem contar outros tantos direitos que os pacientes oncológicos têm, mas desconhecem por falta de informação e amparo” complementa.

CÂNCER DE MAMA
Para a deputada, é necessário fazer um recorte especial para o câncer de mama, pois, além de ser o tipo de maior incidência entre as mulheres, é um dos mais difíceis de lidar, mexendo com o físico e ainda mais com o psicológico e o emocional. Ressalta também que existem no Brasil 3 leis que tratam da reconstrução mamária, mas nem sempre são cumpridas.

 No estudo apresentado pelo Tribunal de Contas da União, ficou clara a necessidade de discutir mais a Portaria 189, do Ministério da Saúde, que orienta estados e municípios a criarem mais Centros de Referência para diagnóstico e tratamento do câncer, dando vazão à alta demanda, que o SUS hoje não consegue dar conta. A parlamentar enfatiza que novas audiência públicas para debater pontos específicos serão marcadas, como a questão de equipamentos e medicamentos que estão em falta para o tratamento do câncer. “Enquanto deputada e paciente oncológica, é meu dever defender que as pessoas tenham acesso ao tratamento logo no início” afirma.

(Reportagem: Letícia Christie / Foto: Alexssandro Loyola)

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27 maio, 2019 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

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