Responsabilidade com a reforma da Previdência está acima de interesses políticos, diz Samuel Moreira
A responsabilidade do Congresso com a reforma da Previdência está acima de qualquer interesse político, reforça o deputado Samuel Moreira (SP), relator da PEC 6/19. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão na GloboNews, o parlamentar afirmou que a reforma é uma necessidade urgente que unifica todo o país.
Segundo ele, a reforma tem dois objetivos claros: alcançar resultado fiscal e promover justiça social. O Brasil tem apresentado déficit fiscal primário há seis anos consecutivos, além de estrondoso desequilíbrio nas contas da Previdência.
Na relatoria da proposta, Samuel Moreira mergulhou no tema e tem tido um trabalho intenso de ouvir líderes, deputados e a sociedade para construir o texto. A reforma é uma agenda nacional prioritária e deve ser blindada de questões partidárias, avalia o tucano. “O Congresso vai entregar para a sociedade a sua reforma, não a do governo. Vamos corrigir e adequar o texto na Câmara”, disse.
O parlamentar destaca que o PSDB tem várias divergências com o governo Bolsonaro, mas busca unidade na pauta da Previdência. “O PSDB é um partido reformista. Temos que encontrar outros partidos com o bom senso de blindar a questão econômica. O Brasil tem 13 milhões de desempregados e problemas sociais gravíssimos”, alertou.
A comissão especial está realizando uma série de audiências públicas para debater os principais temas da PEC. Os debates devem seguir até o final de maio. A previsão é de que o relatório seja apresentado no início de junho. O texto deve ser votado pelo plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, em julho.
JUSTIÇA SOCIAL
A atenção está voltada para os brasileiros mais pobres. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), benefício pago para pessoas com deficiência para idosos de baixa renda, não sofrerá grandes alterações, adiantou o deputado. “Temos que nos preocupar com os que mais precisam, aqueles que recebem um salário mínimo. É importante garantir para os mais pobres”, declarou. Conciliar os benefícios com um orçamento equilibrado, com mais transparência no sistema, é essencial. “Direito social sem orçamento é demagogia”, explicou Samuel.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
Deixe uma resposta