Pedro defende PEC dos Penduricalhos para acabar com auxílios às autoridades
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PB) defendeu a criação de uma ‘PEC dos Penduricalhos’, em discurso na tribuna da Câmara Federal, nesta terça-feira (14), como uma das medidas de um pacote destinado a reduzir o custo da máquina pública e diminuir benefícios às autoridades. “Apresento um pacote, a ‘reforma dos privilégios’. Eu já peço a assinatura dos colegas para uma das propostas que é a ‘PEC dos Penduricalhos’. Quem recebe acima de 10 salários mínimos representa 2% da população. Não pode mais ter esse tipo de auxílio-livro, creche, saúde, alimentação. Auxílio-alimentação tem que ter para quem não tem o que comer. Tem gente que passa fome no nosso País e não recebe auxílio-alimentação”, criticou.
Para ele, não é possível avançar na redução das desigualdades sociais, eliminando a pobreza do Brasil, sem que haja uma profunda mudança na estrutura do sistema público. “É muito desigual você ver um País que quebra e que faz com que a corda sempre rompa do lado do mais fraco”, lamentou, dizendo que já existem algumas iniciativas em curso para a correção dessas distorções, mas que precisam, segundo ele, serem defendidas e apresentadas como uma política de governo, como um “pacote” de medidas para que tenham êxito.
“Existe a proposta que limita o orçamento desta Casa, das Assembleias Legislativas, dos Tribunais de Contas, que precisam entrar na conversa; existe a proposta que acaba com carro oficial de senador, deputado e que já foi aprovada nesta Casa, está agora faltando apenas ser apreciada pelo Plenário do Senado. Existe a proposta para limitar o vencimento mensal: muitas autoridades recebem ainda hoje R$ 200 mil por mês. Então, vamos falar de coisas práticas, e vamos seguir um sentimento de País”, defendeu.
Pedro relatou que metade da população brasileira não possui saneamento básico e que a maior parte das crianças de 0 a 5 anos estão fora da creche, enquanto isso, há o benefício de auxílio-creche para procurador, o auxílio- mudança para deputado e auxílio-livro para o juiz. “A gente possui, por parte do Governo, um direcionamento de uma reforma da Previdência, a gente vê o Governo encaminhar um pacote anticrime, mas a gente não vê o Governo se empenhar na chamada reforma dos privilégios. Esse sentimento continua vivo no nosso País. Parte desse sentimento foi o que elegeu o presidente Bolsonaro e esse sentimento é maior do que o próprio presidente. A Presidência não está atentando para isso e não está representando essa necessidade de fazer ajuste”, opinou.
(Da assessoria do deputado)
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