País deve ter Previdência planejada, forte e adequada, avalia relator da comissão especial
O deputado Samuel Moreira (SP), relator na comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19), afirmou que o sistema deve ser um seguro contra a perda de capacidade laboral para o idoso. Nesta quarta-feira (8), os parlamentares que integram a comissão especial debateram a proposta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
No atual sistema previdenciário, muitos brasileiros se aposentam cedo, antes mesmo de alcançar a terceira idade, explicou Moreira. Além disso, há categorias que se aposentam com mais de R$ 30 mil por mês, muito além do que os mais pobres recebem. “Precisamos estabelecer um orçamento decente para a Previdência, com planejamento. Pensando na rede de proteção social e na geração de empregos”, completou.
O ministro afirmou que a Previdência, hoje, transfere a renda dos mais pobres para os mais favorecidos, em uma conta perversa. Já Marinho alertou para as mudanças no perfil da população: o brasileiro está vivendo mais e tendo menos filhos. O secretário apresentou os números que guiaram os estudos do governo e afirmou que, atualmente, há sete pessoas em idade ativa para cada idoso, proporção que tende a cair nos próximos anos.
O deputado Beto Pereira (MS) cobrou a divulgação de mais números para esclarecer as dúvidas sobre a proposta de reforma. A proposta não pode se tornar uma “colcha de retalhos”, cobrou o deputado Eduardo Cury (SP). Segundo ele, a reforma deve manter a proteção dos mais pobres, o respeito a quem já contribuiu, e a harmonia.
Representante do Rio Grande do Sul, o deputado Daniel Trzeciak (RS) disse que o estado já acumula déficit de R$ 12 bilhões com a Previdência. Ele ressaltou ainda a situação dos professores, que merecem atenção.
A comissão especial da reforma da Previdência tem nova reunião marcada para quinta-feira (9), às 9h30, no plenário 1.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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