Tereza Nelma destaca luta pela promoção social e econômica da mulher
A deputada Tereza Nelma (AL) integrou a comitiva brasileira que participou da 62ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. A parlamentar tem destacado a importância da manutenção dos direitos adquiridos pelas mulheres ao longo dos anos e de se avançar em políticas que resguardem as mulheres da violência de gênero.
De acordo com Nelma, a conferência ressaltou que a violência contra a mulher perpassa todos os níveis de poder e que a maioria das mulheres enfrenta uma tripla jornada de trabalho.
A tucana lembra que, como vereadora em Maceió, aprovou várias leis pela igualdade de direitos e, agora, como deputada federal, irá continuar lutando pela promoção da igualdade de trabalho, promoção social e econômica da mulher. Na opinião da parlamentar, a proposta de reforma da Previdência em tramitação no Congresso pode ferir direitos já adquiridos pelas mulheres brasileiras, caso aprovada da forma como foi enviada pelo governo.
A conferência na ONU teve início no dia 12 e termina na sexta-feira (22). Outras cinco deputadas federais brasileiras participam do evento, que reúne autoridades de diversos países.
O comitê trata neste ano dos desafios e oportunidades para se alcançar a igualdade de gênero e a autonomia de mulheres e meninas rurais. A reunião da comissão é uma oportunidade para planejamento e mobilização, sendo um dos maiores fóruns de debate sobre os direitos das mulheres do mundo.
“Dentre tantos debates que estamos participando, a luta por direitos, espaço e respeito para as mulheres é sem dúvida um dos pontos mais importantes. As mulheres merecem vez e voz, principalmente na política. Mas ainda somos oprimidas pelos machistas que acreditam que não deveríamos ter poder na tomada de decisões. Minha luta em defesa das mulheres segue ainda mais forte, principalmente as mais oprimidas”, reforçou Tereza Nelma.
Uma das palestras das quais as parlamentares brasileiras participaram foi sobre “Sexismo, assédio e violência contra as mulheres no Parlamento”. A deputada tucana lembrou que, no Brasil, a bancada feminina na Câmara ainda é uma minoria.
“Somos 77 deputadas federais. De Alagoas, eu sou a única mulher em Brasília. Uma realidade que precisa mudar, porque lugar de mulher é sim na política também. Além disso, não podemos nos deixar abater e acuar. Precisamos de respeito e voz”, ressaltou, ao lembrar o brutal assassinado da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro. Segundo ela, o caso dá uma conotação ainda mais importante à discussão.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Divulgação)
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