Nilson Pinto defende combate universal à corrupção

O deputado Nilson Pinto (PA) afirma que é preciso universalizar o combate à corrupção no Brasil. Ele considera que o aumento no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) se deve a revelação de novos casos e aumento no volume de investigações. De acordo com dados divulgados pela Transparência Internacional, nesta terça-feira (29), o Brasil atingiu em 2018 a sua pontuação mais baixa e a pior colocação desde que a metodologia passou a permitir a comparação anual, em 2012.

Com 35 pontos – em uma escala de 0 a 100 -, o País é agora o 105.º colocado entre 180 nações avaliadas. Em 2017, estava com 37 pontos no 96.º lugar, ou seja, o país despencou 17 posições e está empatado com Colômbia, Peru, Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Timor Leste e Zâmbia. Dentro do grupo dos BRICS, o país só aparece à frente da Rússia, que somou 28 pontos, de acordo com a Transparência Internacional.

Para Nilson Pinto, houve uma centralização do combate à corrupção sobre os políticos. “Isso é muito importante, mas é preciso estender para todos os agentes públicos e também para os agentes privados”, destacou. Na avaliação dele, a corrupção é endêmica e não se resolverá limitando os esforços a uma parte da estrutura corrupta. “Para população é mais fácil dizer: punam-se os políticos, para o Brasil é melhor que se diga: punam-se os culpados”, afirmou.

O relatório avalia ainda que a sucessão de escândalos no País, nos últimos anos, tende a aumentar a percepção de que a corrupção está piorando. Só no ano passado, por exemplo, houve a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção na Operação Lava Jato, e o oferecimento de uma terceira denúncia contra o então presidente Michel Temer, em dezembro, no chamado inquérito dos portos.

Na avaliação do deputado paraense, o maior problema é a falta de fiscalização para o cumprimento das leis. “Não se trata de editar novas leis, mas de cumprir corretamente as leis que existem e punir aqueles que não cumprem a sua função”, avaliou.

O tucano reitera que o combate à corrupção só renderá frutos concretos e haverá um nível melhor de convivência quando o combate à corrupção for universalizado para todos os setores da vida pública, para todos os profissionais, para toda a população.

(Ana Maria Mejia)