Presença da Força Nacional ajudará a conter onda de violência no Ceará, afirma Danilo Forte
O deputado Danilo Forte (CE) acredita que a presença da Força Nacional no Ceará é fundamental para conter a onda de violência enfrentada pelo estado. O tucano já defendia uma intervenção na segurança pública cearense muito antes dos ataques ocorridos nos últimos dias e afirma que a medida, ainda que tomada tardiamente, “renova a esperança de dias de paz”.
As facções que atuam no Ceará teriam se unido com o objetivo de retaliar declarações do secretário da Administração Penitenciária estadual recém-empossado, Luis Mauro Albuquerque. Durante a posse, ele afirmou não reconhecer o poder das facções no estado e disse que o Ceará passaria a deixar de dividir presos de facções rivais em unidades prisionais diferentes.
A divisão é feita em diversos estados para evitar confrontos e mortes dentro de estabelecimentos prisionais, mas as facções acabam dominando as unidades onde são maioria. A retaliação do crime organizado teve início com ataques na quarta-feira (2) e segue até esta segunda (7).
De acordo com apuração feita pelo site Uol, já foram ao menos 125 atentados em 36 cidades. Em meio à crise, 23 presos fugiram da Cadeia Pública de Pacoti, a 107 km de Fortaleza nesta segunda.
Com o reforço na segurança da capital e região metropolitana, onde os ataques estavam sendo concentrados até sábado, a estratégia dos criminosos mudou. Entre ontem e hoje, houve registros de atos violentos no interior. O governo do Ceará iniciou no domingo a transferência de presos suspeitos de comandar a onda de ataques. Na sexta-feira (4), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de 300 homens da Força Nacional para reforçar o combate à criminalidade.
“É mais do que hora de resolver o caos da Segurança Pública em nosso estado. Há mais de um ano eu falo sobre isso. Mais uma vez os bandidos aterrorizam e acabam com a nossa paz, já tão difícil nos dias de hoje”, aponta Danilo Forte.
Desde fevereiro do ano passado, o tucano já alertava para a necessidade de uma intervenção. “Intervenção clara, que harmonize o poder coercitivo, o poder de combate, o poder de enfrentamento da Polícia Militar local com o poder das Forças Nacionais, para que se possa garantir um pouco de sossego à família cearense. Hoje retomo o assunto, de suma relevância para nós”, destacou.
(Da redação/ Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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