Próxima legislatura tem o desafio de dar continuidade às reformas
Os próximos anos serão desafiadores para o país, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT). Ao fazer um balanço sobre as conquistas alcançadas nesta legislatura, o tucano destacou a modernização das leis trabalhistas como um dos principais avanços. Ele avalia que a chamada reforma trabalhista abriu caminho para outras importantes medidas que o país precisará adotar a partir de agora. Para ele, a redução dos gastos do Estado é uma das mais urgentes.
Na avaliação do líder tucano, a realidade vivida pelo país exige uma ressignificação da política e da própria sociedade. A Câmara dos Deputados que esteve no alvo das recentes mudanças, deverá assumir seu protagonismo, avalia. “A primeira a despertar foi a classe política empurrada pelo povo empunhando a bandeira, cobrando um país que precisa mudar o comportamento”, disse.
A mudança exige ainda a participação de políticos e cidadãos – tendo a urna como centro do resultado das mudanças. As eleições são o termômetro que obrigatoriamente provoca a mudança por parte dos políticos e também determina a participação mais efetiva do eleitor, como foi comprovado nas últimas eleições.
Nilson Leitão lembra que a legislatura que se encerra viveu momentos conturbados como o impeachment de Dilma Rousseff, denúncias contra o presidente Michel Temer e a prisão e cassação do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
“É uma coisa muita nova o que está acontecendo em nosso pais”, afirmou, reiterando ser também uma preparação para o futuro com um Brasil mais maduro, com transparência e participação mais efetiva da sociedade nos debates sobre a modernização da Constituição.
Entre os desafios para os próximos anos, ele cita a prisão em segunda instância que deve ser tratada em âmbito legislativo, sem dependência do Judiciário. “Não é aceitável que o Supremo Tribunal Federal fique legislando, não é possível eles ficarem apitando e jogando ao mesmo tempo”, criticou.
Outro tema ainda em debate e que deve ganhar força é a redução da máquina pública, a exemplo da PEC 431/2018, na qual o líder, com apoio da bancada do PSDB, propõe a diminuição do número de senadores e deputados. Além de outras propostas nas quais prevê a redução do orçamento dos poderes Judiciário e Executivo nas despesas meio – aquele custo que não tem nenhuma vantagem para a população. “O Brasil precisa recomeçar, reduzir o seu tamanho e sobrar dinheiro para investimento”, afirmou.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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