Decisão de ministro para soltar presos provoca instabilidade, alertam tucanos


Da tribuna, Macris afirmou que a decisão causou verdadeira indignação entre os brasileiros.

Deputados do PSDB receberam com indignação a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou a soltura de presos detidos após condenação em segunda instância. A decisão pode favorecer o ex-presidente Lula, preso por corrupção e lavagem de dinheiro.

Da tribuna, o deputado Vanderlei Macris (SP) afirmou que a decisão causou verdadeira indignação entre os brasileiros, que esperavam bom senso do tribunal. “O Brasil é um dos poucos países do mundo com recursos que não acabam mais, fazendo com que a Justiça deixe de ser feita para quem pratica corrupção”, lamentou.

O deputado Carlos Sampaio (SP), eleito líder da bancada para 2019, afirmou que a determinação do ministro contraria o posicionamento do próprio STF. Além de oferecer riscos à sociedade, a medida aumenta o sentimento de impunidade, lamentou.

“Espero, sinceramente, que essa decisão seja imediatamente reformada, restabelecendo-se a tranquilidade jurídica no país”, completou. O tucano ingressou com um pedido de suspensão de liminar contra a decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

O plenário do STF autorizou, em 2016, a prisão após condenação em segunda instância. Por uma questão de respeito institucional, o tucano acredita que uma decisão individual não pode prevalecer. “O fato gera profunda insegurança constitucional. Lamento profundamente por essa instabilidade em um momento que exige ponderação”, declarou.

“Decisão monocrática agride colegiado do STF, e demostra instabilidade jurídica que desestabiliza o país”, afirmou o deputado Rogério Marinho (RN) via Twitter. Na avaliação do deputado Fábio Sousa (GO), a decisão é irresponsável porque beneficia não só os presos da Lava Jato, mas também traficantes e assassinos. “Ficava mais barato soltar só o Lula, o que seria revoltante por si. Insanidade!”, alertou.

 (Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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19 dezembro, 2018 Últimas notícias Sem commentários »

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