Pedro Cunha Lima critica emenda petista envolvendo cargos na estrutura da Câmara


Pedro se manifesta durante a sessão observado por deputados tucanos.

O Plenário aprovou na noite desta quarta-feira (12) substitutivo da Mesa Diretora ao Projeto de Resolução 350/18, que contém normas sobre cargos para lideranças partidárias na Câmara. Os deputados rejeitaram um destaque do PSDB e, assim, mantiveram no texto a permissão para os líderes transformarem funções comissionadas (FCs) em cargos de natureza especial (CNEs), ou vice-versa, exceto em alguns postos, como chefe de gabinete. 

“Eu sou a favor do projeto de resolução. É preciso fazer uma reordenação. Isso ninguém discute. Mas se vamos acabar com funções comissionadas, que não se aproveite para se criarem cargos comissionados, mais emprego aqui dentro. Emprego temos que criar em creche”, disse o deputado Pedro Cunha Lima (PB) durante o debate em Plenário. O tucano voltou a defender a redução da máquina pública, uma tese defendida fortemente pelo partido ao longo do ano. 

Pedro reconheceu o esforço do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), visando a redução dos custos da Câmara. “Não tenho dificuldade de fazer o reconhecimento daquele que foi feito. Não estou aqui apenas para denegrir e atacar. Mas existe, sim, uma criação de mais cargos comissionados, a meu entender, descabida. Portanto, concordo com vários que manifestaram a necessidade de fazer um reordenamento das bancadas. Não é disso que se trata. Manifesto, novamente, o meu repúdio, a minha indignação, que não é minha, mas é o sentimento de um país que não aguenta mais enxergar esse tipo de prática”, reiterou o tucano.
 
De acordo com Pedro, o PT já havia tentado acabar com três funções comissionadas para criar dois cargos comissionados, mas a Diretoria-Geral da Câmara “acertadamente” barrou essa tentativa. “Pois bem, o PT, Partido dos Trabalhadores, inconformado, vem agora se valer desse projeto de resolução para apresentar essa emenda que não pode ter a concordância do Plenário desta Casa por uma questão de bom senso, de concordância com o sentimento de país”, disse Pedro Cunha Lima, que encaminhou as votações sobre este assunto pelo PSDB. 
 
A matéria já foi promulgada e passa a valer a partir de fevereiro. 
 
(Da redação/foto: Alexssandro Loyola)
 
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12 dezembro, 2018 Últimas notícias Sem commentários »

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