Após encontro com presidente eleito, líder reitera compromisso da bancada com reformas


Nilson Leitão conversou com os jornalistas no CCBB, onde está o gabinete de transição de governo.

O PSDB manterá seu compromisso com as grandes reformas necessárias ao desenvolvimento do Brasil. Essa disposição foi reafirmada na quarta-feira (6) pelo líder do partido na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT). Após encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro, o tucano afirmou que o partido apoiará o governo na aprovação de reformas como a da Previdência, tributária e do Estado por considerar essa pauta fundamental ao país.

Nilson afirma ser importante que o presidente use o capital político que terá no início do mandato para colocar as reformas em pauta. O papel fundamental do PSDB nesse processo tem sido reconhecido por membros da equipe de transição e pelo próprio presidente eleito.

A reforma tributária, por exemplo, tem o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) como relator. Foi discutida amplamente em todo país, com os mais diversos segmentos. O relatório foi apresentado na semana passada e aguarda votação em comissão especial para seguir para o plenário da Câmara.

O texto, defendido pelo PSDB, busca simplificar o atual sistema, permitindo a unificação de tributos sobre o consumo e, ao mesmo tempo, reduzindo o impacto sobre os mais pobres. Além disso, pretende aumentar gradativamente os impostos sobre a renda e sobre o patrimônio e melhorar a eficácia da arrecadação, com menos burocracia.

O partido defende a aprovação da proposta como forma de impulsionar o desenvolvimento do país e a geração de empregos, já que essa reengenharia tributária, segundo Hauly, vai dificultar a sonegação e melhorar o ambiente de negócios, ampliando salários.

No caso da Previdência, o presidente eleito aposta que as mudanças comecem a ser votadas já no primeiro semestre de 2019. Bolsonaro tem defendido que a reforma seja votada em partes para evitar que as alterações acabem não ocorrendo novamente na tentativa de aprovação de mudanças amplas de uma só vez.

O líder do PSDB considera necessário aproveitar pontos que já foram amplamente discutidos nos últimos anos. Um exemplo é a idade mínima para aposentadoria integral, defendida pelo presidente eleito como uma possível questão inicial a ser aprovada.

“Não acredito que seja um fatiamento, mas aprovar aquilo que já foi debatido por anos e que está pronto para ser votado. Não podemos desperdiçar isso. Já aquilo que ainda não está pronto, votamos em um novo momento”, ressaltou.

Nilson acredita que questões como a separação entre previdência e assistência social possam avançar também já no início do novo governo. “É algo que precisa ser separado, segundo o entendimento de todos que discutem a reforma. Tem muita coisa que está na Previdência e que é assistência, que não foi recolhido individualmente pelo beneficiário. É preciso rever a forma e o modelo”, considera.

Na avaliação do tucano, há ainda muitos casos que precisam ser investigados na Previdência para evitar pagamento indevido. De acordo com o líder, Bolsonaro pediu a ajuda dos parlamentares tucanos para aprovar as pautas que o partido também defende. “O PSDB, dessa forma, tem a consciência de que tem o dever de ajudar o Brasil, mas não precisa estar dentro do governo para isso”, afirmou.

O PSDB faz ainda a defesa enfática pela reforma do Estado, com a redução de gastos para manutenção da máquina pública. Nesse sentido, o governo terá o apoio dos tucanos, que, inclusive, são autores de iniciativas como a PEC 431/2018, de autoria do líder e subscrita pela bancada. Ela visa reduzir o número de deputados e senadores para reduzir despesas.

Confira trecho da entrevista coletiva:

(reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)

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6 dezembro, 2018 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

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