Comissão da reforma tributária aguarda aval de presidente eleito para votar proposta


Tucano concedeu entrevista coletiva ao lado de integrantes da comissão especial.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR), relator na Comissão Especial que analisa a proposta de reforma tributária, afirmou nesta terça-feira (20) que o projeto está pronto para ser votado na Comissão e no Plenário da Câmara, dependendo apenas do aval do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

De acordo com o deputado, a exigência do presidente Michel Temer e também do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi a busca pelo consenso. “Solucionamos todos os problemas, todas as restrições que apareceram”, afirmou ao lado de integrantes do colegiado.

O tucano disse ainda ter apresentado a proposta da comissão, já pactuada em todo o país, à equipe do governo. “Agora é preciso que haja uma proposta concreta da equipe econômica do governo de Bolsonaro para fazermos os ajustes”, reforçou.

Em busca de entendimento, Luiz Carlos Hauly percorreu todos os estados brasileiros, fez 160 palestras e 350 reuniões técnicas de trabalho. Manteve contato com representantes de diferentes segmentos – empresários, governadores, prefeitos, secretários de Fazenda.

“Estamos prontos”, reiterou. O modelo proposta substituirá o ICMS pelo IVA, modelo europeu, com cobrança no destino. Em uma ação de grande impacto social, o texto zera imposto sobre alimento e remédios. A consequência da mudança no sistema de cobrança de tributos, segundo o relator, é o fim da guerra fiscal e do contencioso tributário, além de reduzir a burocracia, sonegação e renúncia fiscal.  

“É um sistema novo, tecnológico, com cobrança eletrônica, avançado e pronto para oferecer ao país o modelo para  empresas terem o menor custo de produção e de contratação”, disse.

Segundo o parlamentar paranaense, a reforma tributária é a solução para a recessão que já se estende por cinco anos. Na comparação, o mundo cresceu 16% neste período, enquanto o Brasil regrediu 6%. De acordo com cálculos feitos pela equipe da Comissão, com o novo sistema estiver totalmente implantado no prazo de cinco anos, o Brasil já poderá competir com qualquer país da América Latina.

Confira trechos da entrevista:

(Reportagem: Ana Maria Mejia/Vídeo: Hélio Ricardo)

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20 novembro, 2018 Destaque3, Últimas notícias Sem commentários »

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