Mais Médicos: Cuba não aceita rever acordo feito por petistas
O governo de Cuba informou hoje (14) que deixará de fazer parte do programa Mais Médicos. A justificativa do Ministério da Saúde cubano é que as exigências feitas pelo governo eleito são “inaceitáveis” e “violam” acordos anteriores. Para o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), a verdade é que Cuba “não aceita rever o acordo formulado pelo governo do PT, que explora os médicos para financiar, com dinheiro dos brasileiros, a ditadura dos Castros”.
Por meio do Twitter, o deputado tucano lembrou que, em 2013, quando o programa foi implantado, dos R$ 10 mil que o governo brasileiro pagava, os cubanos recebiam apenas R$ 960 no Brasil e outros R$ 1.440 depositados em Cuba. “O restante ficava nos cofres da ditadura. Esse modelo vigora até hoje e é preciso revê-lo”, defendeu.
Na opinião de Nilson, o Mais Médicos é importante porque amplia o atendimento especialmente em regiões carentes e longínquas, mas foi usado pelo PT como uma forma de alimentar a ditadura cubana com dinheiro dos brasileiros.
“O importante agora é garantir que a população não seja afetada pela decisão de Cuba. Ninguém é contra a vinda de profissionais estrangeiros. Eles sempre serão recebidos de braços abertos. Mas o Brasil não pode permitir que esses profissionais sejam explorados por Cuba”, argumentou o líder.
Presidente eleito, Jair Bolsonaro disse, também na sua conta do Twitter, que a permanência dos cubanos estaria condicionada à realização do Revalida pelos profissionais, que é o exame aplicado aos médicos que se formam no exterior e querem atuar no Brasil.
“Quando o programa foi aprovado pelo Congresso, em 2013, o PSDB defendeu a necessidade do Revalida, a previsão de um plano da carreira e que a contratação dos profissionais cubanos fosse feita conforme a legislação brasileira”, lembrou Nilson Leitão.
Em nota, o Ministério da Saúde anunciou que vai lançar um edital nos próximos dias para médicos que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos que integram o programa Mais Médicos.
(Da redação com informações da Agência Brasil/foto: Alexssandro Loyola)
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