A pedido de Vitor Lippi, Comissão de Minas e Energia debaterá reajustes na conta de luz

A Comissão de Minas e Energia aprovou nesta quarta-feira (7) requerimento do deputado Vitor Lippi (SP) que requer a realização de audiência pública para debater os índices de reajuste tarifário aplicados aos consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Como justificativa, o parlamentar apontou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou aumentos tarifários no litoral e interior de São Paulo que afetam diretamente milhares de indústrias de vários portes. O deputado Eron Bezerra (PCdoB – AM) sugeriu que o debate também ocorra sobre o reajuste em nível nacional.

Lippi diz que a tarifa média no Brasil é uma das mais caras do mundo, segundo estudo divulgado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina – Fiesc. O custo da energia é 127,3% maior que o praticado nos Estados Unidos, 94,9% superior ao cobrado no Canadá e 9% mais caro que na Alemanha.

Segundo ele, dados da agência mostram a alta de 57% no custo da eletricidade para os consumidores industriais que compraram energia diretamente das distribuidoras, entre janeiro de 2013 e o fim de 2017. Isso fez com que várias fábricas fechassem suas portas ou migrassem unidades produtivas para países vizinhos.

“A energia elétrica é um dos principais insumos usados pelas indústrias e empresas e chega a representar cerca de 40% dos custos de produção, como no caso das indústrias de alumínio, por exemplo. A elevação das tarifas da energia tem forte impacto nos valores de produção e custo final dos produtos, além de afetar a competitividade das indústrias”, ressaltou.

Para o debate, o tucano convida representantes do Ministério de Minas e Energia, da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, do ONS – Operador Nacional do Sistema, da ABRACE – Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, da ABRADEE – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, do Instituto Acende Brasil – Observatório do Setor Elétrico Brasileiro, da Fiesp e do Grupo CPFL Energia.

(Reportagem: Cristiane Noberto/foto: Alexssandro Loyola)