Hauly indica caminhos para a retomada do crescimento econômico
Em discurso no Plenário da Câmara, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) indicou caminhos para a retomada do crescimento econômico. Ele chamou atenção para o tamanho do Estado: juntos, União, estados e municípios ocupam de 33% a 35% do Produto Interno Bruto (PIB), além das estatais e dos bancos. Somando as receitas de empresas como Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Petrobras e outras, o total ultrapassa 50% do PIB nacional.
“Isso é uma questão de política fiscal que se resolve com meritocracia, avaliação de desempenho e sem trabalhos paralelos entre União, Estados e Municípios”, afirmou.
Segundo ele, é essencial fazer trabalhos coordenados, usar o máximo da tecnologia, simplificando totalmente, desburocratizando as estruturas do Estado brasileiro, principalmente na área de prestação de serviços.
De acordo com o parlamentar paranaense, é essencial ao país ter uma estrutura tributária adequada, condição indispensável para facilitar a abertura de empresa, trabalhar, progredir, comprar, vender, defender o seu patrimônio. “É preciso ter uma estrutura tributária adequada, e o Brasil não a tem”, reiterou.
Há mais de 45 anos estudando a economia brasileira, Luiz Carlos Hauly avalia que o principal entrave ao desenvolvimento econômico sustentável é a ineficiência e inconsistência do sistema tributário.
“Se consertar o sistema tributário nos moldes da nossa proposta (Hauly é relator do projeto de reforma na Câmara), que vai harmonizar o nosso sistema tributário com os países da União Europeia, da OCDE, e investir em tecnologia, será muito melhor que o sistema tributário deles, porque nós avançamos, aprofundamos os estudos em cima dos erros que cometemos ao longo desses últimos 50 anos de ineficiência do sistema tributário”, disse.
Hauly afirmou que o Brasil já cresceu, durante 50 anos seguidos – de 1930 a 1980, a 6,3% ao ano. Segundo ele, infelizmente, de 1981 até 2018, a média de crescimento do Brasil foi 2,27%, resultando numa perda de 4% ao ano. “Hoje poderíamos ter um PIB 150% maior do que temos atualmente, de R$ 6,6 trilhões.” Para o tucano, se o Brasil tivesse um PIB em torno de R$ 15,16 trilhões, haveria mais do que o dobro de salários.
Segundo ele, não há dúvidas de que se a reforma tributária for aprovada ainda este ano, o pais voltará a crescer já em 2019. Ele colocou à disposição do governo de Michel Temer e do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o trabalho já realizado nas últimas décadas.
(Ana Maria Mejia/Foto: Alexssandro Loyola)
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