Rogério Marinho defende respeito à pluralidade em ambiente acadêmicos
O deputado Rogério Marinho (RN) defendeu um amplo debate sobre a livre expressão em espaços públicos, notadamente escolas e universidades. “É muito importante que esta Comissão possa debater este assunto e possamos repudiar a intolerância, a apropriação de espaços públicos e a defesa da pluralidade que é tão necessária num ambiente acadêmico”, afirmou durante reunião na Comissão de Educação.
A Comissão discutia requerimento (REQ 492/18) do deputado Danilo Cabral (PSB) propondo reunião de audiência pública para discutir “a coação, estimulada por agentes públicos, sobre a livre expressão de docentes em sala de aula”.
Nesta quarta-feira (31), deve ser apresentado o novo substitutivo do projeto de lei da chamada Escola sem Partido (PL 7180/14), que precisa ser votado em comissão especial.
Segundo Marinho, antes e depois das eleições, o tema tomou grande dimensão. Ele ressalta que, ao longo do primeiro semestre deste ano, houve manifestações reiteradas de aparelhamento de escolas públicas, a exemplo da escola Pedro II, no Rio de Janeiro, que comemorou a revolução cultural de Mao Tsé-tung, na China.
“A história mostra que a chamada revolução cultural de Mao cometeu atrocidades: obrigou quase 2 milhões de professores a desfilar com chapéu de burro no meio da rua sendo apedrejados e hostilizados pela população, houve queima de livros, deportação de pessoas” disse ele, reiterando que naquela escola, integrantes de um partido político estimularam uma militância política exacerbada.
Rogério Marinho se disse vítima de manifestações hostis ao participar de debates na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e também no Instituto Federal do estado. “Não se permitia a manifestação de um pensamento diferente da hegemonia que tomou conta daqueles espaços públicos, que por definição têm que ter pluralidade”, afirmou.
Ele relata ainda as ocorrências durante o segundo turno desta eleição em que prevaleceu o clima de intolerância e beligerâncias em várias universidades.
(Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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