Mara sugere inclusão de disciplinas para diagnóstico de doenças raras

A parlamentar afirma que são consideradas raras as doenças que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil.

A deputada Mara Gabrilli (SP) apresentou nessa segunda-feira (29) requerimento no qual pede o envio de Indicação ao ministro da Educação sugerindo a inclusão de disciplinas específicas nos cursos de medicina para o diagnóstico precoce de doenças degenerativas e doenças raras.

A parlamentar afirma que são consideradas raras as doenças que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil. Em conjunto, esses pacientes representam de 6% a 8% da população. Estima-se, portanto, que há cerca de 13 milhões de brasileiros com alguma doença rara.

Para a tucana, os cursos de medicina devem preparar os alunos para atender essas pessoas. “A qualidade desta formação terá impacto direto na qualidade do sistema de saúde como um todo, especialmente na questão do diagnóstico de doenças menos comuns”, escreveu.

Mara aponta que o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, pois essas doenças têm piora progressiva de funções básicas do corpo, muitas vezes irreversíveis, podendo levar à morte do paciente precocemente. Para isso, o diagnóstico antecipado é fundamental.

Em seminário sobre a doença de Parkinson em junho deste ano, foi apontada a deficiência existente na formação dos médicos na questão do atendimento a pacientes com doenças raras ou degenerativas. Segundo Mara, no caso do Parkinson, a demora no diagnóstico chega a quatro anos, em média.

Na ocasião, a parlamentar sugeriu que o Conselho Nacional de Educação defina disciplinas específicas para a área. “Talvez seja o caso também de pensarmos em algum tipo de fomento às faculdades de Medicina para tentar abreviar o tempo de diagnóstico”, afirmou na ocasião.

(Cristiane Noberto/ Foto: Alexssandro Loyola)