Izalci alerta para falta de projeto de nação no Brasil e cobra melhor gestão


Eleito senador, Izalci participou do programa da “TV Câmara” 

Os novos parlamentares que assumirão em fevereiro devem ter o compromisso de promover as reformas necessárias ao crescimento do Brasil e, principalmente, delinear o projeto de nação almejado pela população. Estas são as medidas mais eficazes a serem adotadas, independentemente de partido, segundo o deputado Izalci Lucas (DF). Durante o programa “Ocupação” da “TV Câmara”, o senador eleito foi questionado por estudantes que integram o estágio-visita.

Ele defende um forte investimento em gestão. Segundo ele, os ministérios atuam como se fossem independentes um do outro. “Falta um projeto de nação, e a gente tem que construir isso rápido”, argumentou. (confira o trecho abaixo).

Eleito para o Senado Federal como representante do Distrito Federal a partir de 2019, o tucano é um político experiente: está em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados, foi deputado distrital e exerceu o cargo de secretário de Ciência e Tecnologia por dois mandatos. Sobre a alta taxa de renovação na Câmara dos Deputados, que alcançou 47,3%, segundo a mesa diretora, ele avalia ser o reflexo do desejo da população por mudanças. Para ele, os eleitores expressaram a vontade de buscar novos rumos para o país.

O parlamentar destaca que mesmo com a reforma eleitoral privilegiando os que exerciam mandato – a criação da janela partidária, do fundo eleitoral a redução do tempo de campanha de 90 para 45 dias, a renovação foi grande. “Quem entrava na campanha tinha pouco tempo para ser conhecido. E, mesmo assim a renovação foi grande”, afirmou. Ele acredita que as redes sociais exerceram um papel fundamental nesta eleição e será um instrumento de participação e de fiscalização por parte da sociedade.

“Hoje todos os parlamentares têm consciência da necessidade de reformas e precisamos trabalhar isto no Senado e na Câmara”, defendeu. No Senado, o compromisso de Izalci está pautado na busca por maiores recursos para investimento. “O DF está em último lugar em termos de investimento, em termo de obras, talvez exatamente pela falta de uma articulação política do Senado”, disse.

Ao responder a perguntas sobre como fazer para corresponder à confiança dos eleitores, afirmou que os deputados devem promover mudanças em benefício do setor de Ciência, Tecnologia e Inovação e principalmente pela melhoria de qualidade no ensino fundamental. “Fui o presidente da Comissão que aprovou a reforma do ensino médio e agora temos que investir muito no ensino básico que realmente está de péssima qualidade”, disse.

Na avaliação de Izalci, há espaço para todos, inclusive para representantes de minorias eleitos agora em 2018, a exemplo de Joênia Wapixana, primeira índia a ocupar cadeira no parlamento brasileiro. “Se o projeto for bem feito, com boa justificativa e tiver capacidade de convencer os pares, há grande possibilidade de ser aprovado. O terreno é fértil”, afirmou.

Ele cita como exemplo a excelente atuação da deputada Mara Gabrilli em defesa das pessoas com deficiência. Em 2019, a tucana vai ocupar uma cadeira no Senado Federal.

Izalci lamenta o pouco tempo disponível para debater projetos propostos por deputados. Segundo ele, 90% das matérias apreciadas são medidas provisórias. Mesmo assim, otimista, ele considera positiva a contribuição da operação Lava Jato ao expor os esquemas de corrupção. Para ele, a exigência de ser ficha limpa, o fim do foro privilegiado, maior agilidade do Judiciário em julgar os processos envolvendo autoridades e o fim da impunidade mudarão o perfil do político brasileiro.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Luis Macedo/CD)

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25 outubro, 2018 Últimas notícias Sem commentários »

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