Iniciativas japonesas podem inspirar o Brasil a impulsionar desenvolvimento, dizem tucanos


Os 110 anos da imigração japonesa no Brasil foram celebrados no Congresso em sessões especiais.

Deputados que estiveram no Japão nesta legislatura destacam medidas adotadas no país asiático que poderiam ser trazidas para o Brasil, principalmente na área de tecnologia e inovação. Uma comitiva de parlamentares brasileiros esteve neste ano em solo japonês para estabelecer uma agenda de oportunidades e um intercâmbio de informações com o governo nipônico.

Integrante do Grupo de Amizade Brasil-Japão, o deputado Vitor Lippi (SP) fez parte da comitiva que foi à Ásia em dezembro de 2017 e participou de várias atividades para conhecer detalhes sobre a economia, a educação e a política no Japão. O tucano afirma que o Brasil pode adotar algumas medidas inspiradas nos japoneses e que ajudarão no desenvolvimento nacional.

Para Lippi, a inclusão do sistema de produção japonês como disciplina nas escolas técnicas é algo a ser pensado, já que o Japão é referência na formação de mão de obra. “O Japão, hoje, é a terceira maior economia do mundo. Das 100 empresas mais inovadoras do mundo, 40 estão no Japão. É um país que usa muita tecnologia de ponta e isso é importante para o Brasil”, afirma.

Play

A relação entre Brasil e Japão é intensa e tem produzido ganhos importantes para os dois países. A tradição na relação entre as nações se deu sobretudo com imigração japonesa para o Brasil a partir de 1908. Há 110 anos os primeiros japoneses desembarcaram no porto de Santos, e hoje o Brasil abriga a maior comunidade de descendentes nipônicos do mundo, com 1,5 milhão de pessoas. Em agosto, a chegada do navio Kasatu Maru foi celebrada em sessão solene no Senado com a participação do deputado tucano.

Vitor Lippi acredita que chegou a hora de fortalecer ainda mais esses laços para gerar ainda mais inovação e tecnologia para o Brasil, tendo vista as inovações lideradas pelo país asiático. “Nós queremos fazer uma integração maior entre as oportunidades dos setores tecnológicos do Japão com os setores produtivos no Brasil: quer seja na agricultura de precisão, melhorando o desempenho da agricultura nacional, mas também em outros setores”, afirma.

Em junho, a Câmara realizou sessão solene para homenagear os 110 anos da imigração japonesa. O deputado Vanderlei Macris (SP) ressaltou que entre alguns dos legados deixados pela comunidade nipônica estão a culinária, modalidades esportivas e atividades produtivas/econômicas. Nesta última questão, em especial, o deputado ressalta que no país há quase 700 empresas japonesas.

Em 2017, o parlamentar esteve no Japão a convite do governo daquele país. Na ocasião, foi debatida a oportunidade de acordo em diversas áreas, como educação, no treinamento de professores das escolas técnicas, sistemas de agricultura

Já o deputado Geraldo Resende (MS) lembrou que a relação entre dos dois países já rendeu projetos para o desenvolvimento do cerrado brasileiro, da mineração, e do setor siderúrgico, entre outros. “Adotamos no Brasil o modelo de TV digital japonês, e nos céus do Japão voam aeronaves da Embraer. Um investimento de capital japonês impulsiona em muitas frentes o desenvolvimento brasileiro, o que estreita ainda mais as relações entre os dois países”.

(Da redação com informações da Rádio Câmara/ Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/ Áudio: Hélio Ricardo)

Compartilhe:
24 setembro, 2018 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *