Pacto pelo desenvolvimento, por João Paulo Papa


A necessidade premente da retomada do desenvolvimento econômico, com a consequente geração de empregos na Baixada Santista, deve ser a prioridade absoluta da região e de todas as suas lideranças. Para tanto, torna-se imperiosa a união de todos os segmentos e correntes políticas e partidárias. É fundamental, porém, que se desenvolva uma estratégia clara que favoreça ações em favor desse objetivo. Entendo que às duas vocações naturais da região – Porto e Turismo – deve se somar a questão logística que deriva da excepcional localização e condição geográfica da Baixada.

E, nesse sentido, é indispensável que se trabalhe em conjunto pelos aeroportos de Itanhém e Guarujá; pelo centro logístico de Praia Grande; pelo polo industrial de Cubatão; além de agregar atividades do pré-sal ao Porto de Santos.

São iniciativas que bem articuladas e com a indispensável reunião de esforços envolvendo prefeituras, câmaras municipais, deputados estaduais e federais, assim como setores empresariais e de trabalhadores, podem, perfeitamente, promover a necessária geração de novas oportunidades.

Afinal, a Baixada Santista registra, de 2015 a maio deste ano, a dramática perda de 46.449 postos de trabalho. Número este que deve ser somado ao contingente de desempregados que há muito aguarda uma recolocação profissional. Levantamentos de entidades sindicais apontam que o desemprego na região atinge a, pelo menos, 50 mil trabalhadores, representando cerca de 200 mil pessoas vivendo em condições econômicas muito difíceis.

Este cenário é mais do que suficiente para que se estabeleça, rapidamente, uma estratégia eficiente na busca de alternativas imediatas para a retomada do desenvolvimento. Se assim não for, todos enfrentarão o agravamento dos níveis de vulnerabilidade social com todas as seríssimas consequências decorrentes como desajuste familiar, evasão escolar e violência.

Por tudo isso, a união regional se impõe como instrumento de crescimento econômico de modo a beneficiar não apenas a atual mas as futuras gerações. A Baixada Santista tem todas as condições de mostrar ao Brasil que é possível, dentro de uma perspectiva lógica e ação conjunta, buscar opções de desenvolvimento para contemplar a mais candente das reivindicações populares, a do trabalho.

Por fim, fica evidente que é preciso agir em conjunto e regionalmente, o quanto antes. Assim, um pacto metropolitano em favor da recuperação econômica, com a consequente geração de oportunidades, surge como uma das alternativas mais adequadas e eficazes para o futuro da Baixada Santista.

(*) João Paulo Papa, deputado federal e prefeito de Santos (2005- 2012). Artigo publicado no jornal “A Tribuna” em 30/8. (foto: Luis Macedo/CD)

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30 agosto, 2018 Artigosblog Sem commentários »

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