Avanço de caos financeiro em Minas é reflexo do desmonte provocado pelo PT, diz tucano
A série de desmandos provocados pelo governador Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais continua prejudicando a população. A área da saúde é a que mais vem sofrendo com o caos financeiro em que o estado mergulhou, como admite o próprio secretário da Fazenda de Minas, José Afonso Bicalho. Em 2014, a Santa Casa de Belo Horizonte fechou 15 de seus 170 leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Mais de quatro anos depois, os leitos continuam sem reabrir.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, a Santa Casa é um dos hospitais filantrópicos de Minas que atendem pelo SUS e, por isso, dependem dos pagamentos do governo. Em grave crise fiscal, porém, o estado deve hoje cerca de R$ 1 bilhão a essas instituições.
No ano passado, a arrecadação do estado ficou em R$ 57 bilhões, enquanto a folha de pagamentos somou R$ 49,9 bilhões, o equivalente a 87,5% da receita tributária total. O gasto com os inativos já representa 68% do total pago aos ativos. O Tribunal de Contas do estado já emitiu, no início deste ano, dois alertas ao governador por extrapolar limites de despesa com pessoal e com a dívida do estado.
O deputado Rodrigo de Castro (MG) criticou a gestão do atual governador e ressaltou que o cenário é um “desastre completo”. “Pimentel recebeu um estado saneado financeiramente, com obras e investimentos muito avançados e um sistema de saúde muito bem construído. Menos de quatro anos depois, o que se vê é uma situação de caos completo. Trata-se de um gigantesco calote que o PT está dando em todos os municípios e hospitais que atendem o SUS”, lamentou.
Na avaliação do tucano, o governo petista desmontou o estado em todas as áreas, em especial na saúde, prejudicando a população que precisa dos serviços hospitalares.
“A previsão de déficit para a saúde esse ano é de R$ 6 bilhões. Todos, sem exceção, estão sofrendo terríveis cortes por conta disso. E quem é penalizado é a população. Nós temos centenas de milhares de cirurgias eletivas que não estão sendo feitas, ou seja, são idosos que precisam de catarata e não estão tendo, pessoas que precisam de cirurgias ortopédica, tratamento de câncer adiados, falta de remédio. É um quadro de desastre completo”, afirmou.
Segundo a reportagem, desde 2009, a folha de pagamentos aumentou 163%. O pagamento de inativos avançou num ritmo ainda mais acelerado: 233%. No mesmo intervalo, as receitas subiram 114%.
Com o orçamento comprometido, os serviços básicos de Minas começaram a falhar. Faz dois anos que os servidores recebem seus salários parcelados em até três vezes e, desde o começo deste ano, os estudantes vivem num “vai e vem” de aulas: cada vez que o pagamento atrasa mais do que o normal, os professores entram em greve. Nos hospitais filantrópicos, já faltou até itens básicos, como soro.
Ainda segundo o deputado, a única esperança de melhora desse cenário desanimador é a mudança de gestão no estado. “O governador desconstruiu tudo que foi feito em MG de bom nesses últimos anos. Nós temos inclusive servidores que não estão sendo pagos, cujos salários estão atrasados. É um desmonte total”, lamentou.
(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)
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