Presidida pelo PSDB, Relações Exteriores respalda apoio brasileiro ao acordo nuclear iraniano
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, deputado Nilson Pinto (PA), respaldou, na quarta-feira (4) a manutenção do acordo nuclear firmado pelo Irã com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha (P5+1).
Em reunião com o Embaixador do Irã no Brasil, Seyed Ali Saghaeyan, o parlamentar afirmou que “não há solução que não passe pelo diálogo e pelo fortalecimento do multilateralismo”. “A posição brasileira é muito clara em relação a esse tema”, ressaltou.
De acordo com Nilson Pinto, a própria Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) emitiu dez relatórios probatórios sobre o cumprimento do acordo por parte do Irã, mas os Estados Unidos decidiram ignorá-los alegando outros problemas, como o suposto financiamento do terrorismo pelo Irã e violações dos direitos humanos pelo Governo do país, como argumentos para abandonar o acordo.
Seyed Ali Saghaeyan reconheceu a importância do apoio brasileiro e afirmou que “o Brasil não é apenas um gigante continental, mas um país que tem voz internacional, tanto na América Latina como em outras regiões do mundo. Temos muito em comum e consideramos que os Estados Unidos estão destruindo o sistema multilateral”.
No dia 27 de junho, o vice-ministro para Temas Econômicos do ministério de Assuntos Estrangeiros do Irã, Embaixador Gholam Reza Ansari, visitou Brasília, na qualidade de enviado especial, portador de uma carta do líder iraniano Hassan Rouhani para o presidente Michel Temer.
Esses temas também foram tratados em abril quando o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, realizou visita oficial ao Brasil, acompanhado de 60 funcionários governamentais e empresários. Na oportunidade, foram firmados quatro acordos de cooperação jurídica e dois entre o Instituto Rio Branco e a Escola Internacional de Relações Exteriores do Irã; e outro entre a ANVISA e a Iran Drug and Food Administration. Zarif manteve ainda reuniões com dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
(Da assessoria da CREDN/foto: Edilson Holanda)
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