Artigo: “Compartilhar o pulsar das ruas”, por Nilson Leitão, líder do PSDB na Câmara #PSDB30anos


Ao olharmos para trás, ao longo dos seus 30 anos de história, o PSDB orientou-se pelo pulsar das ruas nos momentos importantes da vida nacional e soube traduzir os princípios da social democracia em ações de governo, legislativas e de condutas em momentos-chave. Agora, às vésperas das eleições, terá o desafio de se reconectar com essa vibração diferente da sociedade: mais conectada, participativa e exigente.

Está no DNA do PSDB a gestão responsável, que busca eficiência na aplicação dos recursos públicos, sem deixar de lado o investimento nas áreas sociais. Fazer mais com menos, sem deixar ninguém para trás. São valores da social democracia.

Assim, se analisarmos as atuais bases de governança, a maioria delas foi firmada durante os dois governos do presidente Fernando Henrique Cardoso. O Plano Real freou a inflação e permitiu a estabilização da economia. Com isso, houve melhora na renda das famílias e também foi possível avançar em muitos setores.

Criou-se a rede de proteção social com a implantação do “Bolsa Escola”, do “Vale Alimentação” e do “Vale Gás”. Estabeleceu-se a Lei de Responsabilidade Fiscal, que colocou travas no endividamento público, exigindo maior eficiência dos governos no uso do dinheiro do contribuinte. A LRF fez toda a diferença na gestão pública.

As privatizações permitiram a modernização de setores estratégicos, como as comunicações, e foram criadas as agências reguladoras para fiscalizar áreas relevantes da economia. É fácil mensurar o impacto que essas medidas provocaram na vida das pessoas: antes, para se ter uma linha de telefone em casa era preciso esperar tempos na fila. Hoje, temos mais celulares do que habitantes.

Mas, de lá para cá, pouco se avançou. E lá se vão 16 anos. Os governos do PT optaram por desfrutar do trabalho feito e que, na oposição, haviam combatido ferozmente. Unificaram os programas sociais que já existiam, batizaram de “Bolsa Família” e surfaram na onda. Sugaram o Estado até o caroço.

Ao longo dos treze anos de gestão petista, o PSDB fez uma oposição responsável: votou as matérias importantes para o país, cobrou o andamento das reformas estruturantes, investigações sobre a corrupção que brotava em todos os cantos do governo e alertou insistentemente que a política econômica do PT estava levando o país para o precipício.

E quando a sociedade saiu às ruas para pedir o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o PSDB atendeu ao chamado e liderou o processo no Congresso. Depois, com a mesma responsabilidade com o qual ajudou o governo Itamar Franco depois do afastamento de Fernando Collor, deu a sua contribuição ao governo de transição e ajudou na aprovação de medidas para a recuperação da economia.

Agora, a pouco mais de quatro meses das eleições, o PSDB tem o desafio de apresentar um programa de governo sintonizado com o desejo da sociedade. Os tempos mudaram e hoje as pessoas têm mais canais para participar, fiscalizar e cobrar. E isso é importantíssimo para aprimorar a representatividade política.

Pelas reformas que o presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, já se comprometeu a tocar num eventual governo tucano, se assim os brasileiros decidirem, dá para concluir que o partido está atento e compartilha os mesmos anseios que os brasileiros.

É urgente retomar as reformas estruturantes: a Tributária, porque o Estado não pode ser um peso nas costas do cidadão e do setor produtivo; a política, porque não é possível e saudável um sistema com 35 partidos; a da Previdência, com um regime único para todos, sem privilégios; e a do Estado, hoje muito maior do que deveria.

Hoje, o brasileiro quer um governo que tenha as mesmas qualidades que são cobradas dele na firma onde trabalha: que seja correto, cumpridor das suas obrigações, que use com critério os recursos que dispõe porque o seu empregador está pagando para isso. No governo, é a mesma coisa, com a diferença de que todos pagam, indistintamente.

E o PSDB, que tem uma história de contribuição ao país, sabe o tamanho da sua responsabilidade nas eleições que se aproximam.

(*) Líder do PSDB na Câmara dos Deputados. (foto: Alexssandro Loyola)

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25 junho, 2018 Banner, Últimas notícias Sem commentários »

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