Peritos da União Europeia discutem agenda regional brasileira com deputados do PSDB
Uma delegação de dez membros do Grupo de Trabalho América Latina e Caribe (COLAC), organismo de assessoramento superior direto do Conselho da União Europeia, discutiu nesta semana temas da agenda regional brasileira na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Na oportunidade, eles foram recebidos pelo presidente do colegiado, deputado Nilson Pinto (PA), e pelo presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil – União Europeia, deputado Eduardo Barbosa (MG).
O grupo é responsável pelo monitoramento e aconselhamento sobre temário relevante para a formulação e operacionalização de política exterior e agenda diplomática da União Europeia para a região. “Tivemos a oportunidade de discorrer sobre questões como a crise na Venezuela e o seu impacto regional, especialmente para o Brasil, as eleições gerais que teremos em outubro e os desafios que se apresentam para o país. Foi um diálogo de alto nível mantido com o propósito de fortalecer ainda mais os laços que unem o Brasil e a União Europeia”, afirmou Nilson Pinto.
Eduardo Barbosa destacou a empatia dos brasileiros pela cultura e os valores europeus. “Firmamos uma aliança estratégica com o objetivo de ampliarmos ainda mais as áreas de cooperação. Os brasileiros têm uma visão positiva da Europa e isso pode ser constatado na absorção da cultura europeia em todo o país”, explicou.
Nilson Pinto e Eduardo Barbosa assinalaram que o processo eleitoral que culminará com a eleição geral de 7 de outubro é marcado pela imprevisibilidade. Na avaliação de ambos, temas como a corrupção, violência urbana, saúde e desemprego serão determinantes para que os eleitores possam se definir em termos de candidatos.
Em relação à crise na Venezuela, os parlamentares observaram que o apoio no Brasil ao regime bolivariano é cada vez menor, embora ainda haja um resquício de suporte ideológico em três partidos. “O Brasil tem uma posição clara em relação ao que ocorre naquele país e não fechará as suas fronteiras. No entanto, essa pressão migratória não poderá recair apenas sobre um estado e terá de ser diluída com a interiorização dos venezuelanos”, defendeu Eduardo Barbosa.
“Há uma posição majoritária em defesa da ajuda humanitária que o Brasil oferece aos venezuelanos e para que haja uma solução pacífica para essa crise. Por outro lado, menos de 20% dos deputados expressam apoio ao governo da Venezuela”, completou Nilson Pinto.
(Da assessoria da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional)
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