Samuel Moreira alerta para discursos autoritários e defende conciliação por reformas
O deputado Samuel Moreira (SP) alertou na quarta-feira (7) para os discursos políticos que não apontam soluções reais para os graves problemas brasileiros. Em pronunciamento no plenário da Câmara no tempo da Liderança do PSDB, o tucano fez uma defesa intransigente da democracia e do direito ao voto e lançou um apelo pela unidade em torno das reformas, que considera ser o único caminho para recolocar o país no rumo do desenvolvimento.
O parlamentar fez menção à crise econômica dos últimos anos, com alto índice de desemprego, e para os sucessivos escândalos de corrupção. Diante disso, destacou, a sociedade está desacreditada da classe política e muitos cidadãos acabam achando que todos são iguais.
De acordo com o tucano, ainda é possível encontrar gestões comprometidas com o a sociedade e com o desenvolvimento. Ele cita o exemplo de São Paulo, que, no governo de Geraldo Alckmin, reduziu grandemente os números da violência e hoje possui a menor taxa de homicídios do país: 8 para cada 100 mil pessoas. A média nacional é 30 para cada 100 mil.
Segundo o deputado, por desinformação, muitas pessoas acabam acreditando no discurso populista de alguns políticos. Mas como ressalta, não adianta buscar solução simples para problemas complexos, pois elas não existem.
Moreira ainda alertou para o autoritarismo presente no discurso de muitos e ressaltou que o PSDB defende incondicionalmente a democracia e o direito ao voto. “Ao tentar passar o autoritarismo e o regime militar como solução, esquecem que estão entregando o direito de votar. O povo é sábio. A conquista pelo voto é uma luta, não vai ser entregue de qualquer jeito a um regime totalitário e antidemocrático, como nós já vimos no passado”, avisou.
O deputado defendeu uma conciliação em torno de propostas eficazes como as reformas tributária, política e previdenciária, e do enxugamento do Estado. Em sua avaliação, é preciso união em torno de medidas que reduzam os gastos públicos para que se possa investir mais e gerar mais empregos e oportunidades para o povo. Só assim será possível solucionar o déficit fiscal e construir um regime de superávit que leve o Brasil a voltar a investir.
“Nós vamos discutir propostas. Esta Casa tem que se unir em torno de ideias, em torno de uma agenda para que possamos construir unidade em torno das reformas. É preciso ter coragem. É preciso ter desprendimento. É preciso ter unidade. É preciso ter bom senso, porque a população exige de nós uma resposta”, apontou o parlamentar.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)
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