Mara alerta para desafios enfrentados por pessoas com Parkinson


Mara é uma lutadora incansável em defesa das pessoas com deficiência no Parlamento.

As comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e de Seguridade Social e Família promoveram nesta quinta-feira (7) audiência pública para debater aspectos relacionados às pessoas com a doença de Parkinson. A  deputada Mara Gabrilli (SP) foi uma das que pediram a realização do evento, que abordou questões como a necessidade do diagnóstico precoce, a reformulação e ajuda aos centros de reabilitação e acesos aos medicamentos para tratamento da doença (assista AQUI a íntegra da audiência).

Mara alega que uma das primeiras mudanças a ocorrer é o diagnóstico antecipado, principalmente do Parkinson precoce, que pode ajudar muito no tratamento. Ela pondera que estes casos não acontecem somente com o Parkinson, mas também com outras doenças raras e autismo. Ela propõe sugerir ao Conselho Nacional de Educação uma proposta na qual as faculdades e universidades de medicina possam ter disciplinas mais específicas nessa área, assim como estão fazendo com os casos de autismo. “Talvez seja o caso também de pensarmos em algum tipo de fomento às faculdades de Medicina para tentar abreviar o tempo de diagnóstico”, sugeriu.

Além disso, Mara chamou atenção para as dificuldades estruturais na implantação de programas, aquisição de equipamentos e medicamentos, tratamento e acompanhamento. A parlamentar falou também sobre a melhoria de incorporação de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para a distribuição a todas as pessoas que precisam da medicação. Atualmente os critérios dos programas de farmácia popular permitem somente ao portador de Parkinson maior de 51 anos o acesso ao principal medicamento adotado no tratamento dos sintomas da doença, o Prolopa.

Mara conta que a habilitação e reabilitação é um direito do brasileiro. Por isso é necessário também uma atenção especial aos centros de reabilitação. Ela alega que os centros não têm capacidade de atendimento para todos os tipos de doença, o que precisa mudar. “Temos que trabalhar na diversidade de atendimento dentro dos centros especializados de reabilitação”, defendeu.

A parlamentar apontou que somente por meio das lutas e debates é possível chegar a algum lugar. Ela contou que os avanços têm sido gradativos e que hoje é possível contar com a Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência, da qual é presidente, que tem o cuidado em tratar somente de assuntos relacionados ao tema. “Quando falamos de políticas públicas para determinadas pessoas dentro do universo daquelas com deficiência, seja doença rara ou não, é um trabalho de formiguinha”, disse.

A reunião contou com a presença do Coordenador Substituto da Coordenação de Pesquisa Clínica em Medicamentos e Produtos Biológicos- Copec, Claudiosvam Martins Alves de Sousa; do diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde/DABS – CNPq, Marcelo Marcos Morales; do coordenador substituto de Atenção Especializada- DAET/SAS/MS, Eduardo Davis Sousa; do membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Nasser Allam; da professora Titular e pesquisadora da Universidade de São Paulo – USP, Elaine Del-Bel; além da idealizadora e coordenadora do projeto Vibrar com Parkinson, vinculado à UFG, Danielle Lanzer.

(Reportagem: Cristiane Noberto/foto: Alexssandro Loyola)

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7 junho, 2018 Noticia3, Últimas notícias Sem commentários »

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