Aprovada moção de Imbassahy em apoio a velejadores presos em Cabo Verde
Foi aprovado nesta quarta-feira (16) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o requerimento de moção aos brasileiros presos em Cabo Verde apresentado pelo deputado Antonio Imbassahy (BA). A proposta tem intenção de registrar apoio e solidariedade aos três brasileiros. Em abril, o tucano recebeu os familiares dos velejadores ao lado do presidente da CREDN, Nilson Pinto (PA).
Na moção, o tucano afirma que o colegiado tem plena confiança na versão dos brasileiros, bem como em todo o processo realizado pela Polícia Federal no Brasil antes deles desapartarem rumo a Portugal. Ele diz que brasileiros foram contratados pela empresa holandesa The Yacht Company, verdadeira responsável pelo veículo.
Imbassahy reiterou a atuação da PF brasileira nas investigações. “As nossas autoridades policiais elaboraram um minucioso documento acerca das investigações, concluindo que os jovens não tiveram qualquer participação no crime. No entanto, o processo detalhado da Polícia Federal fora completamente ignorado pelas autoridades de Cabo Verde”, disse na moção.
O caso
Os brasileiros Rodrigo Dantas, Daniel Dantas e Daniel Guerra foram condenados a 10 anos de prisão em Cabo Verde, na África, por tráfico internacional de drogas.
Em 2017, os brasileiros se candidataram para compor a tripulação de um barco rumo à Ilha de Açores, em Portugal. O barco apresentou problemas logo no início da viagem, ainda no Brasil, e a última escala foi em Natal (RN). A embarcação passou por inspeção detalhada da Polícia Federal, com cães farejadores, e nada foi encontrado. A viagem prosseguiu até que o motor pifou e a tripulação alcançou Cabo Verde.
A Polícia Judiciária local fez uma inspeção de 10 horas e encontrou 1 tonelada de cocaína escondida abaixo do tanque de água do barco. No mês passado, os brasileiros e o quarto integrante da tripulação, o francês Olivier Thomas, foram condenados. O dono do barco, o inglês George Fox, está sendo procurado.
Os familiares registraram várias incoerências do judiciário cabo-verdense. O juiz desconsiderou o inquérito produzido pela Polícia Federal brasileira e, a impressão da sentença judicial foi impressa em papel timbrado com a figura do personagem Zorro, fato que gerou nota de repúdio da Ordem dos Advogados daquele país.
(Cristiane Noberto/ Foto: Alexssandro Loyola)
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