Educação ainda sofre consequências da má gestão petista, alertam tucanos
As consequências de 13 anos de má gestão e ingerência política na administração do Partido dos Trabalhadores foram vistas nos números apresentados pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, durante reunião de audiência pública conjunta das Comissões de Educação e de Fiscalização Financeira e Controle. Para os deputados do PSDB que participaram da reunião, o grande desafio está na qualidade da educação que o país está oferecendo para a população.
Os deputados Rogério Marinho (RN), Floriano Pesaro (SP), Lobbe Neto (SP) e Pedro Cunha Lima (PB) destacaram a apresentação crítica feita pelo ministro. Rossieli Soares destacou avanços no número de matrículas em toda a rede pública de ensino, mas também mostrou a deficiência no processo de alfabetização das crianças brasileiras. Segundo dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), 33% das crianças não estão alfabetizadas de forma satisfatória ao final do terceiro ano.
Além disso, os dados também revelam que há um “abismo regional” no quesito educação. No Norte e Nordeste, os índices de analfabetismo são ainda mais acentuados e alcançam 70% das crianças matriculadas no terceiro ciclo, ou seja, crianças com 7 e 8 anos de idade.
“Importante conhecer o enorme esforço que o MEC tem feito para retirar a educação do caos em que ela se encontrava pelo descalabro, da má gestão e da doutrina explícita que ocorreu no país ao longo de 13 anos”, disse Rogério Marinho. Ele ressaltou que o ciclo escolar de uma criança – desde a pré-escola ao ensino médio – demora em torno de 13 anos, coincidentemente o tempo que o PT ficou no governo.
Para o tucano, durante esse tempo houve a conivência deliberada do governo petista com o analfabetismo crônico. “Quando o ministro fala que 50% das crianças, de acordo com ANA, não estão alfabetizadas de forma conveniente, se ele continuasse o relato, chegaria ao dado de que apenas 11% de nossas crianças estão plenamente alfabetizadas. E no Nordeste, 6% das crianças estavam alfabetizadas no final de 2015, fruto de 13 anos de governo do PT. A quem nós vamos buscar a responsabilidade desta política educacional ao longo do tempo?”, questionou.
No ensino médio, por exemplo, a taxa de reprovação e de abandono (dados de 2016) alcançou 28% dos estudantes. Quase 800 mil jovens abandonaram a escola no primeiro ano do ensino médio. “É importante destacar essa reestruturação de rumo na Educação no Brasil, em que pese assumir um passivo tenebroso”, afirmou Floriano Pesaro.
Ele questionou o ministro sobre os primeiros resultados depois da reforma do ensino médio. “Temos um sentimento de tristeza quando encontramos um adolescente fora da escola, despreparado, porque as nossas escolas não os prepararam para o desafio do emprego”, afirmou.
Preocupado com os dados negativos, Pedro Cunha Lima defendeu que haja na Câmara, principalmente na Comissão de Educação, um debate pela oferta de escolas de qualidade desde a educação básica. “O que me traz esperança é a sensibilidade com a educação fundamental”, afirmou. Ele pediu apoio para o projeto do Funcreche, uma forma de conseguir mobilização mais intensa para a formação desde a primeira infância.
(Ana Maria Mejia/foto: Alexssandro Loyola)
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