Brasileiro é chamado a pagar a conta de calote de empréstimos concedidos por petistas


O governo do PT brincou com o dinheiro público, alerta o líder tucano.

Deputados do PSDB alertaram para o prejuízo aos brasileiros com o calote dado por Venezuela e Moçambique junto a instituições bancárias como o BNDES em empréstimos concedidos durante os governos petistas. Após horas de debate, o Congresso aprovou nesta quarta-feira (2) o projeto que libera mais de R$ 1 bilhão do Orçamento Federal para quitar as dívidas deixadas por esses países.

Enquanto os cidadãos brasileiros sofrem com a falta de recursos para saúde, educação, segurança e obras nas cidades, o país terá que arcar com esse calote bilionário, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT). “O governo do PT foi emprestando dinheiro para países que agora deram o calote e o Brasil terá que bancar”, lamentou Nilson Leitão.

A Venezuela é responsável pela maior parte dos valores devidos, cerca de US$ 270 milhões – quase R$ 1 bilhão. O calote se refere a créditos tomados por esses países junto ao BNDES e bancos estrangeiros para financiar exportações brasileiras. Como esses recursos tiveram o governo brasileiro como fiador, o Brasil será responsável por garantir a cobertura dos empréstimos.

O líder tucano condenou o sigilo dessas operações de empréstimo a outros países. Na avaliação dele, o Congresso Nacional deveria ter acesso aos dados para fiscalizar esse tipo de operação realizada pelo governo federal. “Com a atual legislação, ninguém pergunta se o Congresso autoriza aprova esses empréstimos. É uma vergonha para o país”, criticou.

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O líder rebateu os discursos de parlamentares do PT e aliados, que tentaram obstruir a sessão desta noite. Ele comparou os petistas a alguém que ateia fogo em casa e ainda reclama do bombeiro que molhou o tapete da sala.  “Causaram um dano danado no País, aumentaram o desemprego, tiraram o dinheiro bom para levar para país que não vai pagar a conta, dando calote no Tesouro brasileiro”, criticou o líder. Nilson Leitão destacou o empréstimo de US$ 125 milhões feito pelo BNDES para a construção de um aeroporto em Moçambique. Com estrutura impecável, o terminal vive às traças, com movimento ínfimo de passageiros.

O deputado Fábio Sousa (GO) lembrou que parte do dinheiro foi enviada a Moçambique para a construção de um moderno aeroporto que mal recebe passageiros. Em alguns dias da semana, o terminal fica completamente vazio. “E a minha cidade, Goiânia, até hoje não tem metrô, apesar de sermos 1,5 milhão de habitantes”, declarou.

Segundo o tucano, a irresponsabilidade da gestão petista na concessão desses empréstimos desperdiçou bilhões que hoje fazem falta aos brasileiros. “Não seria melhor ter usado esse dinheiro para que micro e pequenas empresas pudessem contrair, através de juros menores, financiamentos e, assim, se desenvolver, gerando emprego, gerando renda, gerando divisa para o país, pagando imposto, aumentando a nossa arrecadação?”, questionou.

O deputado Rocha (AC) afirmou que nenhum parlamentar do PT foi a público questionar o repasse de recursos que hoje fazem falta em diversos setores. Segundo o tucano, o ex-presidente Lula era o principal “garoto propaganda” de grandes empreiteiras que buscavam recursos para atuar no exterior. “Agora o Congresso é chamado para tentar garantir o pagamento do calote consumado pela Venezuela e outros países aliados do Partido dos Trabalhadores”, completou.

Para o deputado Betinho Gomes (PE), faltou clareza estratégica sobre a importância desses empréstimos, além de transparência dos dados. O tucano avalia que o Brasil não pode agravar ainda mais sua situação econômica nem perder a credibilidade após a crise deixada por Dilma e o PT. “O trabalhador está sendo chamado a mais uma vez arcar com o prejuízo de um governo irresponsável do ponto de vista econômico”, declarou.

TAXAS ABUSIVAS
O líder defendeu aprovação de emenda de sua autoria ao PLN 7/2018, em pauta na sessão do Congresso desta quarta-feira (2). A emenda limita a 2,5% dos recursos de contratos decorrentes de emendas parlamentares para o pagamento à Caixa Econômica Federal de taxas relativas à gestão operacional dos repasses por ela acompanhados. Segundo o tucano, a Caixa aumentou as taxas para até 12%, praticamente uma “agiotagem”, acrescentou. “É um absurdo destinar dinheiro para a saúde, asfalto, e a caixa pegar 12%”, lamentou.

 (Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

Texto atualizado às 22h30

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2 maio, 2018 Destaque2, Últimas notícias Sem commentários »

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