Em seminário, Lippi destaca conexão entre universidades e desenvolvimento
A decisão de conectar o conhecimento e o desenvolvimento regional tem o apoio de instituições superiores ouvidas na tarde desta quarta-feira (18) durante o seminário internacional “Instituições de Ensino Superior e Desenvolvimento Regional: Parcerias, iniciativas e perspectivas”, realizado no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
“Vamos aprender com vocês”, disse o deputado Vitor Lippi (SP) ao conhecer projetos de desenvolvimento regional que já estão sendo executados em diferentes instituições. “É um dia que nos enche de esperança pelas boas notícias de projetos ligados a universidades, já em execução”, disse o parlamentar tucano.
O seminário deu ao deputado Vitor Lippi maior certeza de que o envolvimento das universidades no processo de desenvolvimento regional é uma alternativa para promover nova retomada da economia brasileira. “É um dia cheio de esperança também porque existe uma clara decisão do Ministério da Educação em criar um programa nacional e ação integrada para efetivamente colocar a universidade no lugar que ela deve ter”, reiterou o tucano. Para ele, o resultado é claro: melhorar a cadeia produtiva, transferência de tecnologia, melhor investimento em agricultura familiar, entre outras opções.
Nesse processo de construção do futuro, a universidade é fundamental. Cerca de 95% dos pesquisadores do Brasil estão dentro das universidades e já atuam com visão de futuro. A contribuição dos gestores universitários comprova que a visão de universidade empreendedora é correta.
“Só teremos um país mais justo se houver maior produção e se de forma efetiva pudermos levar o conhecimento para a comunidade. Vamos juntos construir essa política que certamente será transformadora”, disse Vitor Lippi, chamando a todos para participar e fazer a conexão entre universidade, empresa, governo e sociedade.
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), Bendito Guimarães, lembra que na década de 80 se falava da criação de fundos setoriais que seriam a redenção da pesquisa. Segundo ele, hoje a iniciativa dos centros de desenvolvimento regional surge como um grande desafio, principalmente ao se considerar a heterogeneidade da educação no país.
Com 2.410 instituições distribuídas em diferentes regiões, ele considera imprescindível trabalhar em redes de cooperação. Para ele, os CDRs funcionam como intermediários e a principal cobrança feita pelos empresários é a competitividade.
Ao encerrar os trabalhos, o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antônio Galvão, destacou a experiência dos Conselhos de Desenvolvimento que funcionam no Rio Grande do Sul.
Antônio Galvão destacou a estrutura de governança dos CDRs – Ministério, Câmara e Grupo de trabalho para pensar, inclusive, as carteiras de investimento que em curto prazo serão mobilizados para colocar em prática projetos sugeridos pelos polos regionais.
(Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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