Para tucanos, cadastro positivo ampliará acesso ao crédito e reduzirá juros


Em discurso pela Liderança, o tucano afirmou que a proposta democratiza o crédito.

O plenário da Câmara retomou as discussões sobre o Projeto de Lei Complementar (441/17) que altera o cadastro positivo. O texto determina a participação de todas as pessoas físicas e jurídicas no cadastro positivo, um serviço de banco de dados sobre informações dos pagamentos em dia e de empréstimos quitados. A sessão foi encerrada sem a votação.

Em discurso pela Liderança do PSDB, o deputado Marcus Pestana (MG) afirmou que o Cadastro Positivo democratiza o crédito. O tucano explica que cinco agentes financeiros concentram hoje 80% do mercado, o que garante a esse seleto grupo uma visão privilegiada do mercado. “Vivemos uma situação em que os mais pobres não têm acesso ao crédito como deveriam”, avaliou. Esse público entra na modalidade mais perversa de crédito quando entra no cheque especial ou estoura o cartão de crédito.

O Brasil tem mais de 60 milhões de pessoas físicas no cadastro negativo, além de 5 milhões de empresas, ressaltou o deputado Luiz Carlos Hauly (PR). Os juros cobrados pelas instituições no Brasil estão entre os mais altos do mundo, acrescentou. “Os juros no Brasil são os mais escorchantes e injustos do mundo. O Brasil vem capotando na economia, crise após crise”, criticou. O tucano avalia que o Cadastro Positivo será benéfico porque busca diminuir a taxa de juros e tirar a tributação sobre o spread bancário.

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O deputado Betinho Gomes (PE) criticou a obstrução de partidos que têm tentado obstruir as votações do plenário há dias. “Mais uma vez as forças políticas que não querem discutir o futuro do Brasil interditam esse debate”, lamentou. Segundo ele, o Legislativo deveria aproveitar o momento para encontrar caminhos para superar os problemas, e não embaralhar a vida do povo brasileiro.

Betinho explica que o Cadastro Positivo vai democratizar as informações e o acesso ao crédito para reduzir juros. Quem está contra a medida são os grandes bancos, que hoje concentram as informações. O que se vê, na avaliação do tucano, é uma aliança entre o PT e os banqueiros. “O PT deu o maior lucro aos bancos em seu governo, e agora se alinha a eles para evitar a queda de juros”, lamentou.

O deputado Rogério Marinho (RN) lembrou que o Brasil é um ponto fora da curva. Todos os consumidores pagam as mesmas taxas, tanto os bons quanto os maus pagadores. “O país precisa entrar na rota da modernidade e ter a coragem de quebrar velhos paradigmas. É importante para a economia que haja a possibilidade de maior concorrência”, declarou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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18 abril, 2018 Destaque2, Últimas notícias Sem commentários »

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