Líder do PSDB rechaça postura de petistas de politizar prisão de Lula
O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), rebateu as acusações de parlamentares do PT sobre a prisão do ex-presidente Lula, que está detido na Polícia Federal desde sábado. O tucano ressalta que a condenação do petista tem bases sólidas: houve um inquérito, investigação, julgamento em primeira e segunda instâncias.
Nenhum brasileiro gostaria de assistir a prisão de um ex-presidente, acrescentou o líder. “É lamentável o que o Brasil está vivendo. Não devíamos comemorar isso. Porém, ele foi investigado e se tornou réu”, lamentou. Após o julgamento em primeira instância, Lula teve o direito de recorrer e foi julgado por um colegiado com ampla defesa. O petista ainda recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o pedido de habeas corpus.
Em todo o processo, o ex-presidente contou com o aparato de escritórios de advocacia caríssimos. “Portanto, nem ele nem seus correligionários podem alegar que não houve direito à ampla defesa”, explicou. Segundo Nilson Leitão, o caso não pode ser tratado como prisão política.
A lei vale para todos, inclusive o ex-presidente. O líder declarou que todos os brasileiros devem estar ao alcance da lei, e ressaltou que Lula pode continuar com sua defesa no Judiciário. Mas não seria possível mudar as regras para beneficiar uma pessoa, completou.
“A Justiça e as instituições brasileiras estão cumprindo o seu papel, de forma altiva. A Justiça não é para agradar lado A ou lado B. A Justiça é para cumprir o seu papel”, defendeu. O deputado destaca que Lula continuará tendo acesso ao Judiciário, assim como qualquer brasileiro que tenha se tornado réu.
Para Nilson Leitão, não é possível aceitar a demonização da Justiça por conta de uma decisão que não agradou a um partido político. “Eu quero continuar acreditando que não há nenhum homem acima de outro perante os olhos da Justiça. O Brasil tem que estar acima de tudo isso”, finalizou.
Acompanhe o discurso completo do líder:
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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