Reforma tributária relatada por tucano favorece as pessoas de menor renda
O atual sistema tributário brasileiro é complexo, ultrapassado e injusto, sacrificando os trabalhadores. Os que ganham menos, proporcionalmente pagam mais tributos e têm seu poder aquisitivo, já pequeno, ainda mais reduzido. Situações como essas serão mudadas com a aprovação da reforma tributária proposta pelo PSDB. O partido defende uma reestruturação capaz de desonerar o consumo, tornar o sistema mais justo, gerar empregos e riqueza para o país. Um dos maiores especialistas no tema no Congresso, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) está à frente deste trabalho.
Debatida em comissão especial, a proposta do parlamentar tucano simplifica e desburocratiza o sistema. Entre as medidas sugeridas estão a eliminação dos impostos sobre alimentos e medicamentos. Na prática, as pessoas de menor renda terão mais dinheiro disponível. Isso é bom para as famílias e bom para o país, pois automaticamente a economia será aquecida.
A proposta encontra apoio nos mais diversos segmentos e tem respaldo entre parlamentares de vários partidos políticos. Apesar disso, ainda não há previsão para apreciação da matéria. Diante da urgência de mudar o sistema, os deputados do partido têm, reiteradamente, defendido a aprovação da reforma.
O deputado Lobbe Neto (SP) afirma que o sistema tributário brasileiro é um dos piores do mundo e que está na hora de modernizá-lo. Ele reforça que a proposta do partido tem um importante cunho social. “Quem ganha pouco pagará menos impostos, enquanto quem ganha mais pagará mais. Vamos fazer uma grande justiça social”, afirma.
De acordo com o deputado Antonio Imbassahy (BA), o sistema atual é confuso e injusto, dificulta o crescimento econômico, a geração de emprego e renda. Segundo ele, quem quer empreender e produzir no Brasil se depara com inúmeros obstáculos, que serão sanados com a reforma. Dessa forma, mais empregos serão gerados e muita gente sairá da informalidade.
Além de mais empregos, o deputado Eduardo Cury (SP) destaca que, com a aprovação da reforma nos moldes propostos pelo PSDB, os brasileiros perceberão a diferença nos preços quando forem à farmácia e ao supermercado. “A proposta relatada pelo Hauly simplifica todo o sistema tributário, desonerando a cadeia produtiva, tornando os produtos mais baratos, de modo que o cidadão não pague uma alta carga tributária sob bens e serviços”, explica. Para ele, a reforma tributária torna a vida do cidadão mais justa e o Brasil mais produtivo.
Para Giuseppe Vecci (GO), esse é um dos efeitos mais importantes da reforma, pois, de acordo com ele, hoje o consumidor é completamente penalizado, pagando imposto sobre imposto. “É preciso que sejamos mais justos do ponto de vista fiscal e tributário. E que criemos condições para que a reforma seja, como foi o Plano Real, um marco no nosso país. Hoje o consumo é altamente penalizado, tanto para as pessoas que produzem quanto para as que consomem. A reforma cria condições de igualdade, de justiça social e, com isso, o país poderá crescer cada vez mais”, afirma.
Com a experiência de quem já foi ministra do Planejamento, a deputada Yeda Crusius (RS) afirma que, apesar de todas as transformações do mundo moderno, a estrutura tributária brasileira permanece a mesma há anos, o que torna a forma de arrecadar em algo injusto e ineficiente. “Vamos mudar isso retirando imposto daquilo que é mais importante: remédios e alimentos; facilitando a vida de quem paga impostos, reduzindo a burocracia. Com isso, o país se torna mais eficiente para quem produz, consome e exporta, pois vamos reduzir o número de impostos e as alíquotas. Está na hora de pensar em reduzir a carga tributária”, defende.
No mesmo sentido, o deputado Marcus Pestana (MG) afirma que o sistema, “tal como é hoje – burocrático, confuso e regressivo -, impede o desenvolvimento econômico, a criação de emprego e renda e, ao mesmo tempo, pune os mais pobres, que tem que pagar mais impostos”.
A aprovação da reforma será, de acordo com o deputado, a melhor forma de corrigir distorções. Em sua avaliação, a proposta precisa ser aprovada o quanto antes e o PSDB tem o compromisso de fazê-la acontecer. Secretário-geral da legenda, o tucano garante que, num eventual governo do partido, essa será uma medida adotada logo nos primeiros meses de gestão.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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