Fórum Mundial da Água é oportunidade para aumentar conscientização sobre consumo sustentável
O Fórum Mundial da Água, que ocorre nesta semana em Brasília, é uma oportunidade para o Brasil conhecer e avançar no consumo sustentável dos recursos hídricos. Deputados do PSDB avaliam que a presença de especialistas de todo o mundo para discutir o assunto poderá gerar efeitos positivos, com reflexos em novos mecanismos e legislação moderna, além de uma mudança cultural.
O deputado Carlos Sampaio (SP) esteve no fórum na segunda-feira (19). Ele avalia que, além de construir compromissos políticos relacionados aos recursos hídricos, o encontro faz um trabalho fundamental no incentivo ao uso racional da água. “Trata-se de um evento importantíssimo, não só pela troca de tecnologia, que certamente haverá, mas, principalmente, porque aqui se buscam novos modelos, novos mecanismos para se ter um consumo sustentável da água”, disse.
O deputado Ricardo Tripoli (SP) esteve na abertura do evento e destacou que autoridades de quase 170 países estão participando. “Vou acompanhar de perto”, garantiu, ao destacar a importância dos debates. A previsão, conforme ressaltou, era de que cerca de 45 mil pessoas passassem por Brasília até o dia 23. Apenas nos três primeiros dias o público esperado já foi alcançado.
Essa é a 8ª edição do Fórum Mundial da Água, maior evento global sobre o tema. É a primeira vez que uma cidade do hemisfério sul sedia o evento. O Fórum acontece exatamente no momento em que a capital brasileira enfrenta, há um ano, uma crise com racionamento de água.
Durante o fórum, especialistas de todo o mundo e representantes de vários segmentos, inclusive parlamentares e representantes da sociedade civil, buscam alternativas e tratam de questões delicadas da legislação em relação ao tema. O Conselho Mundial da Água, responsável pela organização do evento, reúne cerca de 400 instituições relacionadas à temática de recursos hídricos em aproximadamente 70 nações.
Especialista no assunto, o deputado João Paulo Papa (SP) acredita que foi muito oportuno e importante o Brasil se dispor a sediar o evento, pois, apesar da fartura de água doce, o país enfrenta dificuldades com a distribuição e até pouca disponibilidade em diversas regiões.
Papa participa do fórum nesta terça-feira (20). O tucano debate o papel do Parlamento na busca de se garantir o direito à água. Presidente da Subcomissão de Saneamento Ambiental, no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Urbano, ele afirma que há muitas contribuições a serem compartilhadas em termos de iniciativas de parlamentares e da própria comissão, como avançar na questão do reuso, do uso racional e de maiores investimentos que possam proteger os mananciais, garantindo água para as atuais e para as futuras gerações.
À noite, o deputado é um dos convidados do programa Expressão Nacional, da TV Câmara, que vai tratar do assunto.
Para o deputado, o aspecto mais relevante da discussão é a questão cultural. “Temos que mudar a nossa relação com a água e ter mais consciência em relação ao tema. O Fórum tem um espaço importante para esses aspectos de mudança de cultura, que inclusive temos trabalhado nos últimos anos na subcomissão”, ressalta.
O deputado Giuseppe Vecci (GO) destacou a diversidade de atrações durante o VIII Fórum Mundial da Água. “São mais de 350 atrações, de mostra de cinema, festival multimídia, oficinas criativas e debates com especialistas do mundo inteiro focados em discutir os usos conscientes deste recurso precioso do nosso planeta”, afirmou.
O governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, fez uma apresentação no fórum nesta terça-feira (20) sobre as boas iniciativas realizadas em São Paulo em relação ao uso racional da água. Há quatro anos, choveu na região metade do volume de chuvas que foi registrado em 1953 e houve campanhas para a redução do consumo. Em dezembro de 2015, com a volta das chuvas, o Cantareira saiu do volume morto. Como medidas inovadoras para superação das dificuldades, Alckmin citou a redução da perda física de água, conseguida a partir de um financiamento ofertado pelo governo japonês.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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