O momento é transformador e das mulheres, declara Yeda Crusius
No encerramento do seminário, em Porto Alegre (RS), organizado pelo PSDB Mulher em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (KAS Brasil) e o Instituto Teotonio Vilela (ITV), nesta sexta-feira (16), a presidente nacional do PSDB Mulher, deputada federal Yeda Crusius (RS), destacou que, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar o limite de distribuição de recursos do fundo partidário para campanhas de mulheres, as candidaturas femininas ganharam mais força e incentivo.
“O PSDB respeita a política de cotas em sua estrutura interna. Nosso partido tem esse diferencial”, disse a tucana, sendo aplaudida por cerca de cem mulheres presentes no evento. “É um momento transformador”, acrescentou ela.
Entusiasmada com o novo momento, a partir da decisão do STF que definiu que o teto de 15% passará para no mínimo de 30%, mesma proporção de candidatas por partido -, Yeda Crusius afirmou que está confiante que aumentará o número de candidatas eleitas em todo país.
“O PSDB Mulher terá em todo o país as suas candidatas, as que representam o nosso ideal, com a cultura de cada estado. Batalharemos por vocês”, afirmou a deputada federal.
Em seguida, Yeda Crusius acrescentou que: “Vou lutar por vocês e dizer: Quem nos dá a maior força é a voz das ruas, o STF e o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Quero dizer a vocês que 2018 será o ano das candidatas do PSDB Mulher em todo o país”.
Basta
A tucana lembrou do movimento, liderado pelas atrizes de Hollywood, em campanha contra o assédio sexual. Segundo ela, o movimento das atrizes deve ser ampliado como uma campanha de respeito às diferenças e culturas também.
“Daqui [de Porto Alegre], iremos ao Recife e lá nos aguarda outra realidade política, mas levo um modelo: o de respeito à cultura do Sudeste e do Sul, e peço que vocês transmitam no cafezinho, nas esquinas, tudo o que aprenderam”, afirmou a deputada às presentes no seminário.
Foram dois dias de palestras e workshops sobre a participação das mulheres na política e a necessidade de ampliar os espaços femininos. “Levem para suas comunidades o que aqui aprenderam. Em todos os lugares, falem da energia e da força que vocês receberam”, recomendou Yeda Crusius.
Silenciar
Ainda sob efeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), do Rio de Janeiro, ao lado de um assessor, a tucana comparou o episódio ao caso da deputada do PSDB de Alagoas Ceci Cunha (AL), morta há 20 anos por pistoleiros por encomenda de adversários políticos.
“Neste ano de 2018 olhamos a política com a mesma desconfiança de todos os que perguntam: O que está acontecendo? O que aconteceu ontem? Começamos este curso sob o impacto da morte da vereadora Marielle Franco”, reagiu a deputada.
Para Yeda Crusius, não há dúvidas que as mortes de Marielle Franco e Ceci Cunha têm várias semelhanças.
“[No caso de Ceci Cunha] morreu por ser política, por ter mandato. Prenderam o assassino, Chapéu de Couro, que tinha 98 crimes nas costas e uma rede de crimes organizada, que foi à nossa presença e era um monstro, como monstros são os assassinos de Marielle e de seus assessor. Monstros, que tenho certeza, que o ministro Raul Jungmann [Segurança Pública] saberá prender e rápido”, disse ela.
(PSDB Mulher/ Foto: Jefferson Bernardes/ Agência Preview)
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