Carlos Sampaio requer ao MP investigação sobre invasão do MST ao jornal “O Globo”
Vice-presidente jurídico do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP) anunciou a entrega de uma representação ao Ministério Público do Rio de Janeiro na qual pede a investigação do Movimento dos Sem Terra (MST) pela invasão ao parque gráfico do jornal “O Globo”. Na avaliação do tucano, a arruaça provocada pelos manifestantes na manhã de quinta-feira (8) é uma tentativa de intimidação à imprensa diante da iminente prisão do ex-presidente Lula.
“Essa atitude criminosa, que atenta diretamente contra à imprensa livre e a democracia, pode já ser considerada uma das primeiras ações de intimidação do movimento contra a iminente prisão do ex-presidente. Diante disso, aqui vai meu recado ao líder do MST: o medo não vai nos constranger! Lula vai responder pelos seus crimes como qualquer cidadão”, afirmou Sampaio em vídeo postado nas redes sociais (assista abaixo)
Cerca de 400 integrantes do MST, a maioria mulheres, invadiram a empresa jornalística. Entre os manifestantes, havia pessoas armadas com facões. Foram feitas pichações de mensagens políticas em vidraças, sofás, paredes e no piso. Além disso, ainda atearam fogo em pneus ao redor de um totem com o nome do jornal. Os próprios invasores gravaram a ação e divulgaram em redes sociais.
“O fato é muito mais grave do que pode parecer: eles depredaram o lugar e geraram o caos generalizado dentro do jornal. Atearam fogo e, munidos de facões, constrangeram as pessoas que lá estavam. Não é possível que o MST queira se sobrepor as leis e à Justiça”, afirma o deputado, ao lembrar ameaças veladas feitas por líderes de movimentos ligados ao PT, inclusive o próprio MST.
Logo após a condenação de Lula a 12 anos de cadeia pelos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no mês passado, o coordenador do MST, João Pedro Stedile, afirmou que os movimentos não aceitarão a prisão do ex-presidente. No mesmo dia, o líder da CUT, Vagner Freitas, disse que vão às ruas e buscarão impedir o cumprimento da decisão da Justiça.
A ação do MST foi repudiada por diversas entidades de classe. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiram nota conjunta. No texto, afirmam: “é inadmissível que um grupo, que se diz defensor das causas sociais, ameace e ataque profissionais e meios de comunicação que cumprem a missão de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”.
As associações pediram a apuração dos fatos, com a punição dos responsáveis, para que vandalismos como este não voltem a se repetir. O Grupo Globo disse que o ocorrido representou um ataque à imprensa livre, pilar da democracia, em uma clara tentativa de intimidação, “um ato que atropela a legalidade e o estado de direito democrático”.
Pelas redes sociais, o deputado Rogério Marinho também condenou a ação:
Já passou da hora do congresso rever lei anti terror e responsabilizar criminalmente estes criminosos integrantes de entidades clandestinas que agridem diariamente a democracia e o estado de direito Via Estadão: MST invade parque gráfico de O Globo – https://t.co/0SaD9FAuYH
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) March 8, 2018
(reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)
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