Na Semana da Mulher, Yeda Crusius destaca conquistas e desafios a enfrentar


Deputada participou de bate-papo com internautas nessa quarta-feira (7).

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira (8), a presidente nacional do PSDB Mulher, deputada Yeda Crusius (RS), participou ontem (7) de um diálogo online realizado pelo PSDB Nacional e o PSDB na Câmara. Ela destacou as conquistas das mulheres, no Brasil e no mundo, mas também ressaltou que há muitos desafios a enfrentar, como a votação das pautas femininas no Congresso e a ampliação de espaços na política.

“A gente tem que ir para fora, para as ruas, fazer campanhas discutir na praça. É isso que o PSDB está buscando fazer, a partir do PSDB-Mulher. Incentivando as mulheres”, destacou a tucana, lembrando que a cota partidária exige que 30% para as mulheres nas legendas partidárias.

Em seguida, Yeda Crusius acrescentou: “Agora os tribunais estão cobrando dos partidos. Se não cumprir, perde tempo de televisão, fundo partidário. Então, as instituições responsáveis pelas eleições é que estão nos dando a força”.

Retornando ao tempo, a deputada lembrou da fundação do segmento no PSDB. “Nós fundamos o PSDB-Mulher em 1998, durante a convenção da reeleição do Fernando Henrique Cardoso”, relembrou ela. “Ao promover debates, a gente percebe que as pessoas acham estranho a falta de mulheres nos cargos públicos, sendo que somos a maioria da sociedade.”

A tucana ressaltou que na França, metade do Parlamento é formado por mulheres, enquanto o Brasil ocupa no ranking o lugar 152, ou seja, há 151 na frente. “O que leva a que isso seja uma realidade? E o que que a gente pode fazer para mudar esta realidade? Já que a mulher esta presente em todos os campos de trabalho, ela é a base da família ainda e cada vez mais mulheres são cabeças de casal”, reagiu ela.

PAUTAS

Segundo Yeda Crusius, há 1.065 projetos ligados à mulher que tramitam na Câmara, que tratam sobre direitos individuais e do Estado, assim como a preservação da segurança feminina, inclusive envolvendo situações de feminicídio. Ela citou ainda, um projeto que tramita, que tipifica o crime de divulgação de cena de estupro e prevê causa de aumento de pena para o crime cometido por duas ou mais pessoas.

“Não é uma brincadeira, um filme, não é isso, é a realidade da violência sendo transmitida. As pessoas estupradas veem isso como se fosse o fim da vida delas para se levantar é difícil”, afirmou a deputada.

Internautas questionaram sobre a aplicabilidade das leis, a tucana ressaltou que as deputadas estão empenhadas em trabalhar pela urgência da execução das leis aprovadas. Segundo ela, a maioria dos projetos em discussão, nesta semana, tratam de violência doméstica e familiar. “[Um projeto] cria, por exemplo, medida protetiva que obriga o autor da violência familiar a frequentar tratamentos, orientação psicológica, assistência social, surtos para conter os surtos de raiva e agressividade”, disse ela.

CAUSAS

A deputada destacou também que as parlamentares trabalham pela criança de um fundo financeiro, que deve ser instituído no país, para prevenção da violência e tratamentos. Paralelamente, a Secretaria da Mulher da Câmara solicitou ao Ministério do Trabalho o respeito à cota de 30%.

No Ministério da Educação, foi encaminhado pedido para a abertura de mais cursos de aperfeiçoamento destinados ao público feminino, envolvendo os órgãos específicos e universidades públicas. Segundo ela, 87 representantes das universidades compareceram à reunião nacional para discutir o tema. “Tudo é muito recente. São políticas públicas”, sintetizou.

SALÁRIOS

Um internauta quis saber sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, se há esforço das parlamentares para solucionar o problema. A deputada reconheceu que este é um dos desafios maiores porque os empregadores alegam que têm despesas em demasia para manutenção de uma profissional feminina.

“Pela educação a oportunidade de igualdade já existe, mas quando vai para o mercado de trabalho acontece uma série de fatores. É preconceito, é a questão da mulher gestante,  é a questão de leis que acabam caindo na justiça do trabalho e tudo virava litígio”, disse Yeda Crusius. “O Custo Brasil ficava maior se você empregava mulheres por causa dessa tentativa de proteção.”

Para a tucana, o caminho para solucionar o impasse. “A educação em primeiro lugar. A educação para a paz, a educação para a cultura da paz”, definiu ela. “Em segundo lugar, esses meninos já aprendem a olhar a diversidade ou as meninas.”

Acesse a íntegra abaixo:

(Do PSDB-Mulher/foto: Orlando Brito)

 

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