Para Otavio Leite, ações integradas e boas condições de trabalho são vitais para sucesso da intervenção na segurança do RJ


“É chegada a hora da ação”, resumiu o tucano nesta terça-feira (27) após o anúncio do plano estratégico pelo interventor.

O deputado Otavio Leite (RJ) considera importante a organização e planejamento estratégico determinando a linha de ação e estabelecendo regras para que o comando da intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro tenha êxito. “É chegada a hora da ação”, resumiu nesta terça-feira (27) logo após o anúncio, pelo general Walter Souza Braga Neto, de medidas que serão tomadas.  Estão na lista a recomposição do efetivo e da frota da PM, além do redirecionamento de ações nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

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À frente da coordenação da ações, o militar anunciou nesta manhã ações políticas, estratégicas e operacionais abrigadas na estrutura do Ministério da Defesa e do recém-criado Ministério Extraordinário de Segurança Pública, liderado pelo ministro Raul Jungman. “Nosso objetivo é recuperar a credibilidade da segurança pública no estado”, disse Braga Neto, reiterando que a motivação pela intervenção foi o grave comprometimento na ordem pública do Rio de Janeiro.

Para o deputado Otavio Leite, a integração, a coordenação operacional e comando único são ingredientes indispensáveis para o êxito da intervenção.  Segundo ele, a esperança está numa espécie de reorganização do aparato policial no Rio de Janeiro. “É preciso dar uma chacoalhada, separar joio do trigo, reestruturar organizações que vinham com muitos problemas internos”, reiterou.

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Outra preocupação do general do Exército é obter equipamento e condições de trabalho. Ele afirma ser necessário valorizar as polícias, aumentar recursos no setor de Inteligência, fortalecer corregedorias e deixar legado.  Para o deputado do PSDB, o uso da inteligência vai facilitar o acesso aos focos para identificar os grandes responsáveis pela criminalidade no RJ. “Uma vez alcançado esse objetivo, teremos força policial com mais credibilidade”, disse. Segundo o deputado carioca, a segurança pública no estado é uma prioridade e demanda do governo uma definição de mais verbas para o setor.

“Não adianta ter uma operação dessa com metade dos veículos da PM sem gasolina”, disse. O tucano considera que, em função da crise financeira do estado, a presença de força federal vai ser muito útil para organizar o setor no estado. Ainda de acordo com o deputado, é preciso que a população perceba que há uma série de iniciativas sendo adotadas. 

Por conta da explosão da violência, o estado do Rio de Janeiro está sob intervenção federal até o dia 31 de dezembro deste ano. A medida recebeu o aval do Congresso Nacional na semana passada. Para o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), trata-se de uma medida dura, mas necessária. 

(reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)

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