Rocha alerta para alto índice de criminalidade no Acre e inércia do governo estadual

Em discurso nesta quinta-feira (22), o deputado Rocha (AC) chamou atenção para os altos índices de violência no estado do Acre. Rio Branco é uma das capitais mais violentas do Brasil, segundo o Anuário de Segurança Pública. A taxa de mortes violentas na cidade foi de 62,3 por cada 100 mil habitantes em 2016.

Na quarta-feira (21), o tucano entregou ao Ministério da Justiça pedido de intervenção federal no Acre. O documento traça um panorama da situação caótica vivenciada pelo estado na área de segurança pública. Os números são ainda mais alarmantes que os do Rio de Janeiro, que teve a intervenção decretada pelo governo federal.

Segundo Rocha, o Acre tem a segunda maior população carcerária proporcional do Brasil. Facções criminosas aterrorizam a população com ataques e depredação de patrimônio público. Enquanto isso, a cúpula da segurança local não consegue controlar a criminalidade.

“Hoje o Estado do Acre infelizmente não tem feito frente à criminalidade, que hoje toma conta das nossas. Os criminosos não estão mais satisfeitos em praticar suas barbaridades. Agora, estão praticando as atrocidades, filmando e divulgando nas mídias sociais”, lamentou.

O tucano afirma que foi chamado a um posto de combustível onde viaturas da Polícia Militar faziam fila, sem recursos para abastecer os veículos. A defasagem de policiais militares é outro problema: ultrapassou os 50%. “O descaso é tamanho que há mais de 5 anos o Governo do Estado não compra fardamento para os policiais militares trabalharem”, declarou.

Rocha explicou que foi previsto no Orçamento da União o repasse de R$ 450 mil para a construção de uma quadra de esportes no quartel da PM em Sena Madureira, mas o dinheiro foi perdido por incompetência da gestão estadual.

“Estou pedindo ao Governo Federal que intervenha na segurança pública do Acre, porque os acreanos não aguentam mais viver atemorizados, não aguentam mais conviver com a incompetência de quem hoje gera a pasta da segurança pública no meu Estado”, argumentou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)