Líder classifica de “absurdo” curso na UnB sobre “golpe de 2016”
O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), criticou duramente nesta quarta-feira (21) a oferta de um curso pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) sobre o “golpe de 2016”. “Considero um absurdo uma universidade pública ideologizar uma disciplina”, disse o tucano. “Vamos tomar uma atitude em relação a isso e cobrar uma posição do MEC”, completou.
A ementa da disciplina parece ter sido elaborada pelo Partido dos Trabalhadores. No mesmo tom usado pelo PT e seus “puxadinhos”, diz, por exemplo, que o atual governo conduz uma “agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades” e que o curso fará uma reflexão sobre “as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”. Haverá aulas sobre o “lulismo” e sobre o surgimento do PT.
De acordo com informações do site “Poder 360”, a UnB oferecerá 50 vagas para o curso, que será ministrado pelo professor Luiz Felipe Miguel. O papel da mídia, do Judiciário e da Operação Lava Jato na “campanha pela deposição de Dilma” também será objeto de debate em sala de aula.
“Passou de todos os limites esse avanço que essa ala de esquerda tenta implantar nas universidades, que não é lugar para isso. O aluno está para lá entender a história de forma imparcial, interpretar e ler os fatos”, disse o líder do PSDB, para quem o termo “golpe” é pejorativo e irresponsável.
Para Nilson Leitão, a universidade tem que ter autonomia, mas com responsabilidade. “Discussões como essa podem ser feitas em movimentos sociais e partidos políticos, por exemplo. Dentro da universidade é uma irresponsabilidade enorme e uma falta de compromisso com a ética”, concluiu.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse ao “Poder360” que deve enviar ofício nesta 5ª feira a vários órgãos de controle para que seja analisada a legalidade deste curso oferecido pela UnB.
(reportagem: Marcos Côrtes/foto: Alexssandro Loyola)
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