Para deputados, intervenção federal no RJ é passo importante para combater criminalidade
Deputados do PSDB consideram importante a intervenção na segurança pública determinada pelo governo federal no Rio de Janeiro. O decreto foi assinado nesta sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer como uma medida extrema para enfrentar o crime organizado, as quadrilhas e o descontrole que afetam o dia a dia do cidadão. A Câmara deve votar o decreto na segunda-feira (19) à noite ou na terça (20) pela manhã. Em seguida, o texto segue para o Senado.
O deputado Otavio Leite (RJ) considera a intervenção bem-vinda. Para ele, a presença de um comando externo vai ajudar a reorganizar as corporações e pode ser uma ferramenta eficiente para enfrentar as consequências da ausência de segurança.
O parlamentar considera essencial que as ações das forças de segurança tenham foco no ataque às causas (contrabando de armas e tráfico de drogas) e no combate à cooptação de adolescentes e jovens para o crime.
“A política pública tem que agir firmemente em duas direções: nas consequências, com a força policial mais estruturada, mais presente e ostensiva, e nas causas, no combate ao tráfico de armas e drogas. Além de programas sociais que evitem a cooptação de jovens para o crime”, defendeu. Se isso não for feito, o tucano alerta que a intervenção pode se transformar apenas em uma “espuma de ilusão”.
Com a intervenção, as Forças Armadas assumem a responsabilidade do comando das Polícias Civil e Militar no estado do Rio. Foi nomeado como interventor militar o general Walter Souza Braga Netto.
FRONTEIRAS ABERTAS
Do Acre, o deputado Rocha (AC) acompanha a mobilização pela entrada das forças federais no Rio e defende a extensão da medida para outros estados. “Não é só no Rio de Janeiro, outros estados também estão sofrendo o mesmo problema. A coisa está fora de controle, infelizmente”, lamenta.
O deputado critica a ausência de um controle mais eficiente nas áreas fronteiriças. Segundo ele, o tráfico de drogas é o que sustenta as facções criminosas. Com extensa fronteira com países conhecidos produtores de drogas, a exemplo da Bolívia, Peru e Bolívia, o Brasil está desprotegido, com as fronteiras abertas.
Para ele, ao decidir pela intervenção, o governo deu um passo importante no combate à violência e assume a sua parcela de responsabilidade. “A intervenção no Rio é um sinal, assim como a criação do Ministério da Segurança Pública. Agora o governo federal entendeu que ele tem uma parcela de responsabilidade no combate às organizações criminosas que estão atemorizando a população dos vários estados do Brasil”, reiterou.
(Ana Maria Mejia/ Fotos: Alexssandro Loyola e Lúcio Bernardo Junior/CD)
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