Provocação de Lula após condenação afronta boa-fé do brasileiro, diz Abi-Ackel
O deputado Paulo Abi-Ackel (MG) considerou acertada a decisão do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, de determinar a apreensão do passaporte do ex-presidente Lula e proibi-lo de sair do país. A decisão foi proferida na quinta-feira (25), um dia após a condenação do petista pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex.
O magistrado estabelece que a Polícia Federal inclua o nome de Lula no Sistema de Procurados e Impedidos. A decisão foi tomada no âmbito do processo que apura tráfico de influência de Lula na compra de aviões militares suecos pela Força Aérea Brasileira (FAB). O líder petista tinha viagem marcada para esta sexta (26) a Adis Abeba, capital da Etiópia.
Para Abi-Ackel, Lula e outros membros do PT têm feito declarações provocativas que incitam a desobediência à Justiça e a desordem civil. O ex-presidente afirma ser vítima de um golpe, alegação que pode ser usada para pedir asilo político a líderes de outros países.
“A forma como ele vem se conduzindo, incitando a população, faz com que a Justiça tenha que tomar algumas medidas de cautela. Essa de retenção do passaporte é uma delas. Até para impedir que essa provocação à decisão do tribunal seja levada a extremos no exterior”, afirmou o tucano.
O deputado ressaltou ainda que o lançamento da pré-candidatura do petista à Presidência da República um dia após a condenação pelo TRF4 foi uma clara afronta ao Judiciário e à sociedade.
“Foi uma provocação à Justiça e um ato leviano contra a boa-fé do brasileiro. Ele sabe que não vai poder ser candidato, mas quer registrar a candidatura para usar o programa eleitoral gratuito para fazer uma incitação contra a Justiça, os meios de comunicação e a democracia”, apontou o parlamentar.
Para o deputado do PSDB, o mínimo que se espera de um ex-chefe de Estado é o respeito às decisões judiciais. “Fico alarmado com essa atitude do ex-presidente, que até pelo cargo que ocupou deveria agir com mais prudência e respeito diante de uma decisão judicial”.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)
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