Unidade para mudar o Brasil – Análise do Instituto Teotonio Vilela
O PSDB escolheu sua nova direção partidária no último fim de semana e, mais que isso, apresentou para o debate diretrizes com que pretende contribuir para a construção de um programa de governo, se apresentar ao eleitorado, vencer as eleições de outubro de 2018 e retomar o poder em âmbito federal. O mais importante é a convicção de que, para mudar de fato o Brasil, é preciso fazer diferente daquilo a que o país esteve submetido nos últimos anos.
Novo presidente do partido, Geraldo Alckmin demonstrou clareza de propósitos e disposição para o embate. Há uma agenda destinada a modificar regras e políticas públicas que eternizaram privilégios, para que não tenhamos mais “brasileiros de duas classes”, como o governador afirmou em seu discurso de posse.
Há uma lista de iniciativas destinadas a reconectar a economia nacional ao resto do mundo, para que volte a gerar riqueza, renda e empregos, para que o orçamento público caiba no PIB, para que o governo possa cuidar de fato da educação, da saúde e reconquistar a paz que criminalidade roubou dos cidadãos de bem. É o que o PSDB se pretende fazer.
O Brasil que se quer construir inicia-se de imediato, a começar pela inescapável reforma da Previdência, que o governador defendeu enfaticamente logo após ser referendado pelo voto de 470 convencionais tucanos. O próximo passo é fechar questão em torno da proposta que está pronta para ir a plenário na Câmara e vencer as resistências ainda renitentes dentro da própria bancada tucana.
Mas a nova direção partidária acertou mesmo foi ao definir com precisão o adversário a ser batido para que o Brasil não caia no abismo do ?populismo salvacionista?, como definiu o senador José Serra: Lula, o PT e sua agenda reacionária, de oposição às transformações que visam retirar o país do precipício em que as gestões petistas o colocaram.
O novo presidente do PSDB e pré-candidato a presidente da República pelo partido definiu bem: Lula tem que ser batido nas urnas. Por uma questão simples: o mal precisa ser cortado pela raiz, para que não se alimentem mais ilusões entre os brasileiros de que o populismo e a demagogia serão capazes de nos salvar. Só conseguirão é nos afundar de vez, se nova chance tiverem.
Querer Lula na disputa não significa dizê-lo inocente. Não, o ex-presidente petista terá de acertar suas contas com a Justiça, concomitante ao acerto de contas que o eleitorado brasileiro fará com ele. Pagará nas urnas e nos tribunais pelos crimes que cometeu, pela década de crescimento perdida, pelo esquema monstruoso de corrupção que gestou e disseminou.
A nova direção tucana foi constituída com base na unidade, construída apontando para o que interessa: recuperar o Brasil e livrá-lo definitivamente das ameaças de retrocessos, que repousam nos extremos ideológicos. O PSDB tem credenciais para tanto. Será hora de reformular o Estado, tirar o peso de sua ineficiência das costas de trabalhadores e empreendedores, e promover a felicidade que os brasileiros merecem.
(fonte: ITV/foto: Alexssandro Loyola)
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