Pedro Cunha Lima volta a defender reforma do Estado para combater privilégios e corrupção


O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Pedro Cunha Lima (PB), defendeu na quarta-feira (6) uma reforma do Estado, na qual sejam combatidos o inchaço da máquina pública, a burocracia, os privilégios e a alta carga tributária. O tucano defende que o poder público trabalhe, de fato, pelo que é essencial para os brasileiros, como saúde, educação e segurança.

“Precisamos fazer uma reforma do Estado, de nós mesmos, da máquina pública, para combater uma corrupção que tomou conta do Brasil. O povo está trabalhando para bancar a joia, o iate e o tríplex de alguns”, alertou da tribuna.

Na avaliação de Pedro, o problema da corrupção se soma ao “abuso dissimulado da lei”. Isso porque, segundo ele, a legislação brasileira viabiliza privilégios. “Hoje o povo tem que trabalhar para bancar privilégios. E não é só aqui no Parlamento, é no Judiciário, no Ministério Público. O brasileiro não aguenta mais ser explorado para bancar, por exemplo, o custo de um juiz no Mato Grosso que recebe mais de R$ 500 mil em um mês. Isso é uma insanidade”, apontou. O tucano se referia ao caso de um magistrado de Sinop (MT) que, em julho deste ano, recebeu, entre salário, gratificação e indenização, mais de meio milhão de reais pago pelo Estado.

Autor de projetos de lei que tentam mudar essa realidade, o tucano aponta que, além da corrupção e da complacência da lei com os privilégios para poucos, o excesso de burocracia é outro mal que precisa ser combatido, pois ajuda a alimentar irregularidades e “beneficiar a nata”. Como destacou, no Brasil, é mais vantajoso ser amigo do político e ter um atalho para driblar a burocracia e obter êxito em seus negócios do que se esforçar e trabalhar honestamente. Segundo ele, o país alimenta essa cultura e o caso de Joesley Batista com os privilégios que recebeu no governo Lula são demonstração clara disso.

Como se não bastasse, o deputado ressalta que o povo brasileiro não aguenta mais trabalhar para pagar imposto e não ter saúde, educação e segurança, que são os três pilares básicos para a sociedade. “Por todos esses motivos, a gente precisa falar da reforma do Estado para diminuir esse aparelhamento, que só serve ao topo, e voltarmos a trabalhar pelo cidadão, para fornecer aquilo que lhe é essencial”, concluiu.

(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)

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7 dezembro, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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