Brasil sofre com estrutura tributária caótica, avalia Luiz Carlos Hauly
Em discurso nesta quinta-feira (7), o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou que 2017 tem sido um ano de grandes dificuldades na economia, na política e no campo institucional. Foi um período de muitos conflitos, mas acabou sendo o início da recuperação da mais grave recessão já enfrentada pelo Brasil.
O tucano detalhou as últimas grandes recessões do país, começando pela crise de 1981 a 1983, quando houve decréscimo de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre 1990 e 1993, os brasileiros sofreram outro período de dificuldades na economia. “Essas recessões, conjugadas com o baixo crescimento dos últimos 37 anos, fez com que o Brasil fosse o país emergente com o menor crescimento do mundo”, afirmo Hauly.
Segundo o tucano, a “maldição” que se abate sobre o país é, na verdade, a má estrutura tributária, econômica e dos gastos públicos. Hauly acredita que o regime presidencialista agrava a sequência de crises. O deputado destaca que só os Estados Unidos obteve sucesso com a estrutura presidencial.
Países da Europa adotaram o sistema parlamentarista, seja com a figura do presidente ou da monarquia. “No momento de crise, a troca de governo é imediata, o povo não sofre. A demora na decisão de mudar o governo traz prejuízo, desemprego, pobreza, insatisfação para a população”, alertou. Hauly ressalta que há no Congresso um projeto de semi-presidencialismo pronto para ser apreciado.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Hauly chamou atenção para a urgência da reengenharia tributária no país. Relator da proposta de reforma na Câmara, o tucano tem percorrido o Brasil para debater o texto com todos os setores da economia. Só neste ano, ele passou por 23 estados, realizou 135 palestras e 180 reuniões técnicas de trabalho.
A expectativa do deputado é de que o Congresso se dedique à reforma a partir de fevereiro. Ele acrescenta que a proposta atende a necessidade de estados, municípios, trabalhadores e empresários de todos os setores. “A estrutura tributária do Brasil é caótica, um verdadeiro manicômio do ponto de vista jurídico, destruindo a competitividade das empresas e a economia”, alertou.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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