A responsabilidade das pessoas conscientes, por Miguel Haddad


Ao longo dos últimos anos tenho falado, repetidamente, a respeito do mundo novo que se afigura com a internet, que possibilita a participação ampla e direta das pessoas na discussão política e permite ao eleitor um contato direto, praticamente em tempo real, com o candidato em que votou e o representa.

Da minha parte, mantenho uma página constantemente atualizada nas redes sociais (facebook.com/miguelmhaddad), na qual, de forma transparente, dou conta das minhas posições, dos meus votos na Câmara Federal e do trabalho – e seus resultados – que realizo, principalmente para os municípios da nossa região. Tenho ainda outros canais de comunicação, como o WhatsApp 11 97441-4910 e o site miguelhaddad.com.br. Nesses espaços mantenho diálogo diário, de uma maneira que antes era impensável, com aqueles que entram em contato, seja para dar informações, esclarecer dúvidas, fazer críticas ou sugestões.

Embora, sem dúvida, se trate de um avanço extraordinário, que nos aproxima da democracia direta, algumas vezes as manifestações não são de pessoas interessadas de fato em estabelecer um diálogo. Muito já se escreveu sobre essas postagens, chamadas genericamente de “discursos de ódio”.

Nosso País atravessa a pior crise de sua história republicana. Alguns economistas acreditam que somente daqui a três anos conseguiremos voltar a um patamar consistente de desenvolvimento. Essa verdadeira tragédia, fruto da irresponsabilidade com que o Brasil foi administrado ao longo da última década, sacrifica as gerações atuais e as futuras, além de comprometer, sem que haja nessa afirmação nenhum exagero, o futuro da Nação.

Em uma situação como essa, não há espaço para outros interesses – sejam partidários, ideológicos, eleitorais ou individuais – que não sejam os interesses nacionais. No entanto, mesmo com o País na, vamos dizer, UTI, muitos continuam a ver a política como um jogo de futebol, como se fossem torcedores, movidos pela paixão por seu time.

A escolha política exige exatamente o oposto. A consequência de posições cegas aos fatos, ferrenhas, tem dado resultados sempre desastrosos. Não nos esqueçamos que Hitler foi levado ao poder pelo voto. Evitar que isso aconteça no Brasil de hoje é uma tarefa de todos.

A parcela de homens e mulheres conscientes, que analisam, pensam, que fazem críticas sérias e dão sugestões, é, sem dúvida, o patrimônio nacional mais importante.

(*) Miguel Haddad é deputado federal pelo PSDB-SP. Artigo publicado no “Jornal de Jundiaí”. 

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13 novembro, 2017 Artigosblog Sem commentários »

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